O presidente do Vasco da Gama, Roberto Dinamite, convocou uma entrevista
 para se defender das notícias e acusações da torcida de que estaria 
entregando o futebol do clube ao antigo adversário político Eurico 
Miranda e demais cobranças em relação à queda de rendimento do time na 
temporada. Segundo ele, não há qualquer possibilidade de união com o 
ex-presidente vascaíno. 
 
"É um negocio que realmente incomoda. Minha relação com o ex-presidente 
do clube é meramente institucional. Ele detém a presidência do conselho 
dos beneméritos e tem poder dentro do clube. Ele tem a visão dele, e eu a
 minha", explicou.
"As pessoas falam que o Roberto está junto ao Eurico, mas não existe 
qualquer possibilidade de se estreitar relação. Sou uma pessoa simples, 
mas os meus valores são fortes. Uma coisa é institucional, outra 
pessoal. O que passei com meu filho jamais vou esquecer", disse 
Dinamite, que foi expulso da tribuna de honra do Estádio São Januário 
por Eurico durante uma partida no ano de 2002.
"Houve uma disputa muito grande para eu chegar ao poder. Não existe nada
 hoje que me coloque ao lado do ex-presidente. Se eu quisesse, isso 
teria acontecido lá atrás. Quem está falando isso é mentiroso", 
completou Dinamite, sem mencionar o nome de Eurico Miranda em nenhum 
momento.
Uma das maiores cobranças que o atual presidente vascaíno teve de 
responder foi em relação à saída do diretor de futebol Rodrigo Caetano, 
no final do último ano, que depois se transferiu ao Fluminense, hoje 
líder isolado do Campeonato Brasileiro.
"Nós tentamos segurar o Rodrigo. Hoje ele é o que é porque o Vasco deu a
 condição para acertar e errar. Ele não acertou em todas. Mas ele é um 
diretor bom. Ele teve proposta de outros clubes em um primeiro momento, 
mas tivemos entendimento e ele permaneceu. No fim do ano, ocorreu nova 
conversa sobre interesse de outro clube", relembrou.
"No dia conversamos por cinco horas com ele traçando os planos do Vasco.
 Uma rádio anunciou que ele estaria saindo. Foi passado isso, perguntei 
para ele, ele disse que não", lembra o presidente. "Mas depois disso, 
meia hora depois, ele se achou cansado, esgotado e achou sem condição de
 prosseguir. No segundo momento já não foi a parte financeira só. Ele 
disse que queria dar um tempo. Por isso nem fizemos uma proposta."
No mês passado, o vice-presidente de futebol José Hamilton Mandarino, 
amigo pessoal de Caetano, também anunciou a saída do Vasco. Dinamite 
disse que já tem um nome para o cargo, mas ele não pode assumir por 
problemas de saúde. Com isso, o presidente fica também no posto pelo 
menos até o fim do ano e vai trabalhar diretamente na questão da 
permanência dos principais jogadores para 2013 e contratação de 
reforços.
"Estamos trabalhando em relação a 2013. Claro que em todo clube é 
preciso olhar para qualificar. Alguns jogadores a gente vai fazer de 
tudo para que permaneçam, outros não. Coisa normal de qualquer clube. 
Sempre para termos uma equipe competitiva", opinou.
Dinamite vem recebendo cobranças da torcida por ter deixado o 
meia-atacante Diego Souza, o volante Rômulo e o lateral direito Fagner 
saírem da equipe em meio ao Campeonato Brasileiro, o que acabou por 
tirar a força do elenco, que deixou o G-4 com cinco derrotas seguidas 
nos últimos jogos.
"Falei que a saída do Diego Souza não seria boa, mas ele já tinha um 
contrato firmado e optou por sair. O presidente tem um limite até onde 
pode chegar. A permanência do jogador é importante quando ele também 
pensa desta forma", explicou Dinamite, que negou ter recebido 1,6 milhão
 de euros (cerca de R$ 4,2 milhões) que o Al Itihad deveria pagar.

 
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