Um dia antes do sequestro de Bernardo, o traficante já havia espancado a moça, por desconfiar de um relacionamento da jovem com o jogador. Em depoimento, Dayana disse que “nunca teve contato com Menor P” e afirmou que foi atingida por três balas perdidas.
Indignado com os boatos da traição, o bandido e seu bando localizou Bernardo na Favela Salsa e Merengue e o colocou num carro, onde foi ameaçado pelos traficantes, que estavam com uma máquina de choque. Quando chegaram ao barraco, Dayana foi chamada e o traficante obrigou os dois a ficarem nus.
Segundo o Jornal Extra, Menor P exigiu que Dayana fizesse sexo oral em Bernardo, para depois matá-los. Ambos se recusaram a fazer o ato e o traficante acabou dando três tiros nas pernas da jovem. Segundo com a polícia, a ação durou meia hora.
Ainda de acordo com a publicação, o jogador vascaíno só foi libertado e salvo da morte porque Charles, jogador do Palmeiras, que estava na mesma favela no dia, foi socorrê-lo. O atleta palmeirense é criado na comunidade e ao saber do caso, dirigiu-se ao barraco onde estavam os envolvidos e conseguiu convencer o traficante a liberar Bernardo.
“Se não fosse pelos argumentos usados por Charles, Bernardo ia ser morto. Ele disse que, se o Bernardo fosse morto, no dia seguinte, a polícia ia subir a favela para achar o corpo e pegar o responsável”, explicou o delegado José Pedro Costa da Silva, da 21ª DP, em Bonsucesso.
A jovem também seria morta por Menor P, mas conseguiu se salvar graças a um pastor, chamado por ela no barraco, como último desejo antes de morrer. O religioso conseguiu convencer o traficante a mudar de ideia.

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