Dr. Hollywood faz campanha para deputado nas baladas

Por volta das 00h da sexta-feira (18), um dos funcionários do bar de karaokê Coconut Brasil entrou na sala Hebe Camargo e sussurrou para o operador da mesa de som: “Ele está chegando!”. Em seguida, pegou o microfone e anunciou para as cerca de 100 pessoas que revezavam por ali para entoar canções que iam de Frank Sinatra a Iron Maiden: “Em vinte minutos, o Dr. Hollywood estará aqui”. O burburinho entre os visitantes era sobre qual canção o cirurgião plástico iria interpretar naquela noite. Acompanhado pela dona do local, a empresaria Lilian Gonçalves, e por um batalhão de curiosos que queriam uma foto com a celebridade, o médico-celebridade subiu ao palco e … não cantou. O motivo da visita era outro: Dr. Rey estava ali para anunciar sua candidatura à deputado federal pelo Partido Social Cristão (PSC) nas eleições de outubro. “Quero conhecer e me conectar com quem frequenta a noite paulistana”, afirmou.

Num discurso de pouco menos de cinco minutos, o cirurgião dividiu aplausos e vaias da plateia. “Foi um teste, ainda vou avaliar como vou encarar essa corrida eleitoral”, contou Rey que, na mesma noite, ainda passou pelos outros bares da Rede Biroska, todas de Lilian Gonçalves. O cadidato ainda não definiu qual será seu roteiro de comícios pelas baladas de São Paulo, mas já avisa que a visita será surpresa para não espantar quem não quer ouvir de política enquanto se diverte.

Nascido em Ilha Bela, no Litoral Norte, Robert Rey mudou-se ainda criança para os Estados Unidos onde trabalhou como cirurgião plástico na badalada Bervely Hills. Por lá, ganhou fama como apresentador do programa Dr. 90210, que teve versão dublada transmitida no Brasil pela RedeTV! sob o título de Dr.Hollywood. Na mesma emissora, ele comandou o frustrado programa Sexo a 3, que durou poucos meses no ar. Se eleito, promete, seus assessores serão formados na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, como ele. “Vou encher Brasília de gringos”, anuncia. Quanto à honestidade, afirma ter credenciais para que os eleitores não se preocupem. “Sou milionário e não preciso roubar.”