Uma mãe confessou a morte da filha de 6 anos no interior do Paraná. A dona de casa de 25 anos disse à polícia que a morte aconteceu em decorrência de um ritual que incluia espancamentos frequentes na criança. Segundo Vanessa Aparecida Ramos do Nascimento, as surras eram parte de plano espiritual de Deus pois a menina estava possuída por demônios. Uma amiga de Vanessa, Giulia Albuquerque, ajudou no crime.
A ossada da pequena Maria Clara Zortea Ramalho está no Instituto Médico Legal de Cascavel depois de ser localizado nesta terça (29) em um matagal. A menina era dada como desaparecida desde março deste ano.
A mãe, que tem outra filha de 2 anos, disse que batia nas duas com objetivo de "purificar" as meninas. O delegado Edgar Santana diz que a amiga Giulia se mudou para a casa de Vanessa e a ajudou no crime. No dia do crime, a pequena Maria Clara já havia sido espancada. Ela foi colocada no parta-malas durante a madrugada também para ser "purificada". De manhã, Vanessa pediu que Giulia a retirasse, mas ouviu da amiga que "Deus quer que ela fique um pouco mais" e que ela deveria ficar mais tempo para ser purificada. "Esse plano era corrigir os meus filhos e que se eles fizessem alguma coisa errada tinham que ser castigados. Eles tinham que apanhar", relatou Vanessa à polícia.
"A mulher contou que estava fazendo o ritual de purificação da criança e que Giulia teria dito que para dar certo precisaria por Maria Clara no porta-malas do carro e ela fez isso às 3 horas da madrugada. Às 9 horas da manhã, quando foi ao veículo, a menina estava morta. Depois ela ficou com o cadáver dois dias em casa, acreditando que a filha fosse ressuscitar, quando viu que isso não ia acontecer, ocultou o cadáver", contou o delegado.
As duas tentaram fazer respiração boca a boca na menina, mas sem resultado, ao perceber que ela não ressuscitaria. A partir de então, foram até um local em Santa Tereza do Oeste (517 quilômetros de Curitiba), e a enterraram em uma cova com 50 centímetros de profundidade.
A filha de 2 anos de Vanessa, irmã da vítima, testemunhou tudo. Ela foi levada pela mãe no carro para se desfazer do corpo de Maria Clara.
Depois do "desaparecimento" da menina, a mãe procurou o Conselho Tutelar e também foi à delegacia registrar boletim de ocorrência.
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