Cerca de 150 agências fecharam as portas ontem em
Salvador, primeiro dia de greve dos bancários. O número foi divulgado
pelo sindicato da categoria. No centro da cidade, a maior parte das
agências abriu apenas a área de autoatendimento.
O sindicato realizou piquetes na porta de agências
localizadas nas avenidas Sete de Setembro e Tancredo Neves e na região
do Comércio. O CORREIO percorreu 15 agências na Avenida Sete de
Setembro, Canela e Centro Histórico. Todas estavam fechadas.
A paralisação não causou surpresa aos clientes. A
cabeleireira Jaciara Farias, 60 anos, contou que a gerente de sua
agência avisou com antecedência sobre o movimento paredista. “A gerente
me ligou e me deu todas as diretrizes sobre como proceder no banco”,
disse.
Sem poder acessar a área interna da agência, Jaciara
recorreu ao autoatendimento para pagar as contas dos cartões de
crédito. O diretor executivo do sindicato dos bancários, Januário
Damasceno, acredita que a paralisação ainda deve demorar.
“Eu acredito que vai ser uma greve longa. Não temos
perspectiva de acordo e estamos expandindo para outras agências. Amanhã
(hoje) devem ter mais agências fechadas”, previu. A categoria volta a se
reunir hoje em assembleia, marcada para as 18h30, na quadra de esportes
do sindicato, nos Aflitos.
Está marcado também um protesto, às 10h, em frente
ao prédio do Banco Central, na Avenida Garibaldi. Os bancários
reivindicam um reajuste salarial de 12,5%. A Federação Nacional dos
Bancos (Fenaban) ofereceu 7,5%.
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