O carro do suspeito de ter assassinado o prefeito de Macajuba na última quinta-feira (5) foi apreendido pela Polícia Civil um dia depois do crime em uma fazenda localizada na saída do município, que fica a 290 quilômetros de Salvador.
De acordo com informações da Polícia Civil, a propriedade em que o veículo foi encontrado pertence a um tio do suspeito. "A fazenda fica na saída para Ruy Barbosa, mais ou menos a uns dois quilômetros de onde o crime aconteceu", explicou o investigador Geraldo Filho, em entrevista ao Correio24horas.
Segundo ele, as investigações acerca do crime foram rápidas. "Nós agimos rápido. No mesmo dia já tínhamos o nome da pessoa, no dia seguinte, apreendemos o veículo". Flávio Albergaria Oliveira é o principal suspeito de ter cometido o crime. Morador de Salvador, ele é natural de Macajuba e, no dia do crime, estaria bebendo no município.
O carro, modelo Ford Fiesta Sedan, que foi utilizado no crime, foi encaminhado à sede da 12ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Itaberaba) para a realização da perícia. De acordo com o investigador, não havia sinais de colisão no veículo.
Segundo testemunhas, o suspeito seguia o prefeito a bordo do veículo e, próximo à Igreja Matriz da cidade, disparou os tiros contra Fernão Dias de Ramalho Sampaio (PMDB), 67 anos. A vítima, que também dirigia quando foi atingida por diversos tiros, perdeu o controle da direção e colidiu contra a parede da igreja. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Ainda de acordo com a polícia, a principal linha de investigação do crime está relacionada a desapropriação de um terreno do irmão do suspeito pela prefeitura. "O terreno fica ao lado da prefeitura, parede com parede. Foi desapropriado e a prefeitura pagou a família o que foi calculado em cima do valor venal da propriedade. A polícia acredita que esse tenha sido o motivo do crime, mas só mesmo quando encontrar o suspeito poderá esclarecer o que houve", explicou Filho. Testemunhas e familiares do suspeito já prestaram depoimento na delegacia, que continua a investigar o caso.
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