O orçamento de 2010 para o departamento de futebol do Vasco sofreu um duro baque no fim da última semana, que poderá ser confirmado hoje à noite. Ao analisar os números, o Conselho Fiscal concluiu que eles não poderiam ser aprovados, em virtude do abismo entre as contas feitas. Ao menos nos últimos 40 anos, isso jamais acontecera na História do clube.
Tudo depende, agora, do aval do Conselho Deliberativo, que se reunirá nas próximas horas para dar o veredicto. Como é composto por quatro vezes mais integrantes da gestão atual, liderada por Roberto Dinamite, é possível que a recomendação fiscal seja deixada de lado. De qualquer forma, a apresentação feita por Manuel Domingues Pinho, que substitui o vice de finanças, Nélson Rocha – de férias, fora do país com a família –, terá de ser convincente o suficiente para transpor uma diferença de nada menos do que R$ 75 milhões.
No balanço apresentado, a diretoria do Vasco indicou que, na subtração entre as receitas (R$ 92,7 milhões) e despesas (R$ 74,4 milhões), o lucro seria de R$ 18,2 milhões. A partir do que tem à vista, o Conselho refez as somas e chegou a um déficit de R$ 58 milhões, que incluiu, sobretudo, dívidas urgentes. Estão dando mais valor a essa prévia do que se deveria. No Vasco, tudo tem maiores proporções e existem pessoas que criam problemas. Nesses termos que o Conselho Fiscal deseja, parece que é fácil administrar e o clube está nadando em dinheiro. Muitas dívidas correntes, claro, não serão pagas em 2010 – defendeu Domingues.
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