terça-feira, 29 de junho de 2010

Cartões: varejo e consumidor devem ter benefício no longo prazo


As mudanças que entrarão em vigor no dia 1º de julho no setor de cartões de crédito devem se traduzir em custos menores e mais serviços, tanto para os varejistas como para o consumidor final. Esses benefícios, no entanto, não ocorrerão imediatamente com as novas regras, mas devem ser sentidos num prazo mais longo. Essa é a expectativa dos agentes do setor que tem 500 milhões de cartões em uso no País, responsáveis por um faturamento de R$ 459 bilhões no ano passado, com crescimento de quase 20%, segundo informações da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

A partir de julho, acaba a exclusividade das operações entre a bandeira Visa e a credenciadora Cielo (ex-VisaNet). Esse é um marco emblemático, que vai possibilitar que os cartões de qualquer bandeira sejam usados em qualquer máquina POS (do inglês point of sale). Isso tanto para cartões de crédito, como de débito e de benefícios, como alimentação e combustíveis. Alguns equipamentos em uso no mercado já estão habilitados para qualquer bandeira, como é o caso dos instalados pela GetNet em parceira com o banco Santander, que em março anunciou o início da operação no setor como adquirente ou credenciador, além da Redecard.

Taxas

Quanto às taxas cobradas por transação, Medeiros considera os 5% informados por alguns varejistas que entraram em contato com o iG “um exagero”. Segundo o presidente da Redecard, a taxas variam em torno de 3% por operação de crédito. No cartão de débito, a taxa é de cerca de 1,7%. Varela, da GetNet, afirma que a taxa de desconto varia de 2,5% a 3,5% sobre a operação de crédito. No débito, as taxas vão de 1,5% a 2%.

Essas taxas, inclusive, vêm sendo alvo de ataques por parte do Banco Central. A instituição já informou que quer baixá-las de um total de cerca de 50 para algo em torno de 20. Não é que sumirão 30 tarifas, mas elas terão os nomes e funções padronizados, como já ocorreu com os bancos, para que o consumidor saiba exatamente o que está pagando.

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