terça-feira, 1 de junho de 2010

Governo federal discrimina os produtos baianos


O excesso de oferta de milho no mercado brasileiro está prejudicando os produtores do Nordeste. Não bastasse isso, a política de garantia de preços do milho, promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é ineficiente para resolver o problema, já que os leilões não equilibram a oferta e a demanda, somente proporcionam ajustes regionais.

Além dos preços do milho praticados na Bahia de R$14,00 contra um preço mínimo de garantia do governo de R$19,03, o Mapa, através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), subsidia milho de Goiás, do Distrito Federal e do Mato Grosso para o Nordeste, gastando a logística para o Nordeste, em detrimento do produto da Bahia que não participa do leilão. “O milho sai do Mato Grosso, passa dentro da Bahia e vai para Pernambuco e Ceará, gastando um prêmio, que é dinheiro público, maior”, conta o vice-presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Sérgio Pitt.

De acordo com Pitt, essa prática favorece o crescimento da produção do Mato Grosso em detrimento do cultivo na Bahia. “Enquanto o milho do Mato Grosso vai para o Nordeste, o milho da Bahia fica estagnado. É possível movimentar o produto da Bahia, gastando menos dinheiro com prêmios e logística”, conta.

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