
Passada a convenção nacional e o lançamento oficial à corrida presidencial, a candidata Marina Silva (PV) tem um grande desafio pela frente: tornar-se mais conhecida. A tarefa prioritária da ex-ministra e senadora é aumentar o número de eleitores que saibam quem ela é. "O nosso desafio é fazer ampliar o grau de conhecimento das pessoas em relação a Marina, que é a nossa barreira", explicou João Capobianco, coordenador de campanha e ex-secretário do Ministério do Meio Ambiente na gestão da senadora.
Além disso, Marina precisa de fôlego para conseguir sobreviver à corrida presidencial. Se saísse dos cerca de 10% e pulasse para 17%, teria condições de não ser esmagada pelos rivais Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Debates e confrontos com adversários também são esperados. Responsável pela agenda de Marina e candidato a deputado federal, Luciano Zica acrescentou que é grande a expectativa em relação aos debates, a partir de julho. "É um espaço importante onde Marina pode crescer e vamos nos dedicar à preparação deles", contou.
O que esperam os coordenadores de campanha é que Marina consiga conquistar eleitores ainda indecisos e cavar um espaço maior - na mídia e no inconsciente político brasileiro. Para isso, haverá concentração de esforços em torno da agenda para que "ela possa fazer contato direto, em eventos, e indireto, na mídia, para que se apresente e divulgue propostas", contou Capobianco.
Outro elemento que ajudará a impulsionar Marina serão ferramentas na internet, ainda em julho, onde o apelo tende a ser maior. "Esse será um elemento importante para nossa campanha", disse Capobianco, sem dar mais detalhes.
Ainda empacada na terceira posição - segundo a última pesquisa Ibope, com 9% das intenções de voto - a candidata pelo PV precisa deslanchar na corrida presidencial. Para o cientista político e diretor do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social, Geraldo Tadeu Monteiro, isso é possível se Marina conseguir se viabilizar como opção para os eleitores. "Ela precisa encontrar seu caminho diante de uma eleição completamente polarizada. Terá de achar um mote, uma bandeira para cunhar um caminho entre esses dois candidatos", avaliou.
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