Nesta quarta-feira (29), o candidato à presidência José Serra (PSDB) participou do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), em São Paulo, e afirmou, em discurso, que quer refazer "no Brasil toda a questão previdenciária de maneira realista". E completou: "eu prefiro mexer muito mais na idade do que na remuneração. Mas é algo que precisa ainda examinar para fazer uma coisa séria".
Em coletiva à imprensa, o candidato afirmou que foram apenas ênfases porque ele se diz favorável à aposentadoria integral dos funcionários públicos. "Na verdade, a alteração que se pretendeu acabou não se materializando". Segundo Serra, "a lei de 2003, já no governo Lula, acabou nunca sendo aplicada de fato". O candidato disse também que o funcinário público "não precisa se aposentar com 40 e poucos anos como ocorre em alguns casos".
Ao longo do encontro, Serra fez críticas à partidarização de empresas públicas, como é o caso, segundo ele, de agências reguladoras. Serra voltou a citar a Anvisa para exemplificar uma partidarização do Estado. "A Anvisa virou objeto de barganha política...isso resultou em atrasos na aprovação dos genéricos", disse.
O tucano defendeu a capacitação e qualificação permanente do funcionalismo público. "A estabilidade das instituições depende da qualidade do funcionário (...) ou o Estado brasileiro se profissionaliza de fato ou vamos amargar péssimos efeitos para a economia". Segundo ele, o que está acontecendo com os Correios "é uma vergonha, a empresa está sendo destruída" pelo aparelhamento feito por parte de partidos e sindicatos ligados ao governo.
O candidato defendeu o concurso público e criticou a quantidade de cargos de confiança no governo federal. O tucano disse ser vítima de supostos boatos espalhados por adversários petistas em cursinhos preparatórios que ele seria contra concursos públicos. "Eu defendo a meritocracia", pontuou.
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