As principais revistas semanais brasileiras destacaram as eleições presidenciais em suas capas desta semana. Época optou por valorizar um levantamento das propostas dos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) e Carta Capital traz em sua capa a chamada para uma reportagem sobre o caso do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, acusado de encomendar a quebra de sigilo de tucanos a favor de Aécio Neves.
Veja trouxe na capa uma reportagem denunciando Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula, e a candidata Dilma Rousseff, por supostamente tentarem usar o Ministério da Justiça para produzir dossiês. Enquanto isso, Isto é criticou em sua matéria principal a campanha de José Serra, acusando-a de "apelar a preconceitos religiosos e difamação".
Época
Em mais de dez páginas, a reportagem principal da revista Época trouxe um levantamento das propostas de Serra e Dilma sobre os 15 temas fundamentais para o País e chegou à conclusão de que a diferença entre os candidatos vai além da "pancadaria eleitoral". O periódico lembrou que as perguntas poderiam ser respondidas nos programas de governo que, até a semana passada, não haviam sido divulgados aos eleitores.
Os temas em discussão foram os seguintes: Pré-sal, Infraestrutura, Política externa, Banco Central e juros, Papel do Estado, Impostos, Relação com a mídia, Combate à pobreza, Trabalho, Educação, Segurança Pública, Saúde, Relações com o MST, Reforma Política e Previdência.
Em outra reportagem, a Época lembrou o caso em que José Serra foi atingido na cabeça por um objeto durante uma caminhada em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, nesta semana. A matéria trouxe falas do próprio Serra, do presidente Lula, do senador Aécio Neves e de Dilma Rousseff - conteúdo que chamou de "tiroteio verbal".
Outra matéria mostrou ainda o dia em que Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da estatal paulista Dersa, foi preso ao negociar um bracelete de brilhantes furtado. O nome do engenheiro veio à tona quando Dilma Rousseff o citou durante um debate na televisão e disse que ele havia desviado R$ 4 milhões da campanha de Serra. Segundo a revista, no dia em que Paulo Preto foi preso o ex-candidato ao governo de São Paulo pelo PP, Celso Russomanno, estava, por coincidência, na delegacia, e disse ter presenciado pressões de autoridades policiais paulistas para que a delegada liberasse Paulo.
Veja
Veja traz a denúncia de que diálogos gravados entre autoridades do Ministério da Justiça revelariam que o ministério recebeu de autoridades do governo pedidos de produção de dossiês. A reportagem afirma que Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula, e a candidata Dilma Rousseff teriam pedido ao secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, para "levantar coisas contra quem atravessava o caminho do governo", segundo declaração atribuída ao antecessor de Abramovay, Romeu Tuma Júnior.
Um dos diálogos reproduzidos pela revista atribui a Abramovay, em conversa com Tuma, a seguinte frase: "Não aguento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto para fazer dossiês". O secretário negou à revista ter recebido qualquer pedido.
Veja citou ainda, em outra reportagem, o ataque sofrido pelo candidato José Serra em Campo Grande, no Rio de Janeiro, acusando o presidente Lula de "leviandade" e criticando a candidata Dilma Rousseff por terem negado a agressão.
Carta Capital
Carta Capital traz uma reportagem especial sobre as revelações recentes a respeito do envolvimento do jornalista Amaury Ribeiro Júnior com o caso da quebra de sigilo de tucanos.
Em seis páginas intituladas "Violação da lógica - A mídia rebola para esconder o fato: a quebra do sigilo da turma de Serra é fruto de uma guerra tucana", a revista afirma que o escândalo da quebra dos sigilos fiscais de políticos do PSDB e de parentes do candidato José Serra "teve mesmo a origem relatada por Carta Capital em junho: uma disputa fraticida no tucanato".
Segundo a reportagem, os resultados do inquérito foram obrigatoriamente divulgados pela Polícia Federal após a publicação de uma reportagem da Folha de S. Paulo com conclusões distorcidas. O documento revelou que a quebra de sigilos foi encomendada pelo repórter Amaury Ribeiro Júnior a serviço do jornal Estado de Minas.
Isto é
"Os santinhos de uma guerra suja" é o título da reportagem de capa da revista Isto é, que acusa a campanha do candidato tucano à presidência da República de "apelar a preconceitos religiosos e difamação". O texto, que ocupa seis páginas da publicação, abre com o incidente em que Serra e o senador Tasso Jereissati foram advertidos pelo sacerdote que celebrava uma missa em homenagem a São Francisco, em Canindé, sertão cearense, no último dia 16. De acordo com a revista, isso aconteceu depois que cabos eleitorais do PSDB distribuíram panfletos acusando Dilma Rousseff (PT) de defender "terroristas", o "aborto" e a "corrupção".
Em outras páginas, a revista falou sobre a quebra do sigilo de tucanos com reportagem que leva o título "PF isenta o PT da quebra de sigilo de tucanos e mostra indícios de que se trata de fogo amigo no PSDB". A respeito de Paulo Preto, a publicação fez uma matéria com o título "O protegido Paulo Preto - Delegada que prendeu engenheiro por receptação de jóia roubada sofreu pressões do alto escalão do governo paulista para liberar o arrecadador tucano".
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