terça-feira, 26 de outubro de 2010

Serra lembra Erenice e Dilma pede para investigar Paulo Preto


A ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, e o ex-diretor do Dersa (Empresa de Transportes do Estado de São Paulo), Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, foram citados logo no primeiro bloco do debate entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), na Rede Record, na noite desta segunda-feira (25). A petista pediu investigação sobre Paulo Preto enquanto Serra afirmou que a intenção de sua adversária é dizer que "todos são iguais na política" e ainda a relacionou com o ex-ministro José Dirceu.

Serra lembrou o caso Erenice em sua primeira pergunta a Dilma, o segundo questionamento entre os candidatos na noite. "Quem fez um contrato mal feito foi o braço direito da Dilma, a Erenice Guerra", afirmou. Ataque prontamente respondido. "O que dizer do Paulo Preto que não depõe?", questionou a petista. "Tem uma lista publicada pela revista Veja em que ele recebe uma mensalidade", afirmou a candidata sobre Paulo.

Como já havia feito, Serra voltou a criticar o apelido dado a seu ex-diretor. "Primeiro o apelido que vocês colocaram é preconceituoso e racista. Vocês inventaram uma coisa de que teria havido uma contribuição para minha campanha que eu não teria recebido e ele teria recebido", diz o tucano. Mas Dilma não se faz de rogada e pediu investigação da Polícia Civil de São Paulo deveria investigar Paulo Vieira de Souza por conta de receptação de um bracelete que teria sido roubado. "Tem gente que acoberta e considera a pessoa que fez o mal feito competente", afirmou a petista.

O tucano foi mais firme em sua tréplica, dizendo que a ideia da petista é dizer "que é todo mundo igual na política". "Ela teve como braço direito durante sua gestão de Minas e Energia e na Casa Civil uma mulher que montou um amplo esquema de corrupção. Tem como um de seus braços direitos um fulano chamado Valter Cardeal que já deu vários golpes", afirmou, acrescentando que Dilma foi testemunha de José Dirceu.

A referência aos membros do corpo, normalmente utilizada para denominar parceiros e pessoas próximas, foi ironizada por Dilma, encerrando a discussão no primeiro bloco. A petista insinuou que Serra teria ligações mais sérias com Paulo Preto do que parece normalmente: "é braço direito, esquerdo e, se duvidar, a cabeça". "O senhor Paulo Vieira de Souza ameaçou o candidato que não o conhecia no dia, e depois de ameaçado, passou a conhecer", acusou.

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