O administrador de empresas, Renato Palmeiras, 25 anos, era um daqueles foliões que não desperdiçavam um minuto do Carnaval. Para suportar a saída nos blocos, a farra com os amigos e não fazer feio com as paqueras, a saída era apelar para toda e qualquer bebida energética que garantisse ânimo para suportar a maratona.
No ano passado, não teve ressaca e tão pouco arrastão: a Quarta de Cinzas foi vivida na emergência de hospital, com recomendações médicas, exames e um eletrocardiograma que deixou claro que novos excessos poderiam acabar de uma vez com a folia.
Segundo o neurologista e neurocardiologista, Marco Heleno, do Hospital Espanhol, os energéticos não são tão inocentes como se costuma acreditar. “O abuso dessas substâncias pode induzir a picos de hipertensão, fibrilação e até morte súbita”, esclarece.
Ele lembra que o perigo cresce quando esses compostos são misturados ao álcool, já que o estimulante retarda o efeito depressor das bebidas alcoólicas. “Quando a ação euforizante do energético passa, o indivíduo entra numa depressão muito acentuada, podendo iniciar um coma alcoólico em questão de minutos”, destaca Heleno.
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