O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Duarte Nogueira (SP), afirmou nesta terça-feira que o reajuste anunciado pelo governo para o benefício do Bolsa Família é uma tentativa de "minimizar o saco de maldades" das últimas semanas. O aumento de até 45% no benefício foi anunciado pela presidente Dilma Rousseff durante viagem à Bahia.
"Nós apoiamos o Bolsa Família, mas não é justo fazê-lo como desvio e pano de fundo de tantas más notícias", disse o líder tucano, citando entre as "más notícias" o corte no Orçamento da União e o reajuste concedido ao salário mínimo, que passou para R$ 545.
"(O aumento do Bolsa Família) sem dúvida é uma grande vitrine para o governo, já era durante o governo do presidente Fernando Henrique (Cardoso), o PT mais do que duplicou o número de famílias atendidas e, agora, esse aumento médio de 19,4% anunciado é para minimizar uma série de sacos de maldades que o governo abriu nos últimos dias", acrescentou, lembrando ainda que o programa de transferência de renda teve origem no Bolsa Escola, durante o governo FHC.
Cachaça
Para o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), o reajuste do benefício "mostra a decisão de erradicar a miséria no País". Ele rebateu as críticas da oposição dizendo que o Bolsa Família ajuda toda a economia, independente de sua destinação.
"É um dinheiro que não tem intermediação política, o cidadão vai ao banco e pega seu dinheiro, compra pão para sua família, compra os gêneros de primeira necessidade. Eles brincavam antigamente dizendo que o chefe de família ia lá e comprava cachaça. Nós não vamos incentivar isso, mas, mesmo que uma família dessas compre uma cachaça por mês, são 11 milhões ou 12 milhões de garrafas de cachaça. Isso ajuda toda a economia", afirmou.
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