quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Adultos são principais fontes de transmissão da coqueluche a bebês


Médicos alertam que adultos e adolescentes estão fazendo crescer a transmissão da coqueluche a bebês e crianças nos últimos anos. A doença, que pode levar à morte especialmente os recém-nascidos, está voltando a ser encarada como um problema de saúde pública presente, inclusive no Brasil.

Estudos divulgados entre 2004 e 2007 na publicação médica "Pediatric Infectious Diseases" mostram que mães (33%), pais (16%), irmãos (19%) e avós (8%) são as principais fontes de transmissão da doença aos recém-nascidos, os mais vulneráveis às complicações trazidas pela doença.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 50 milhões de casos de coqueluche todos os anos, com cerca de 300 mil mortes. É a quinta maior causa de óbitos em crianças abaixo de 5 anos de idade entre as doenças combatidas por vacinas.

No Brasil, o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), órgão do Ministério da Saúde que contabiliza os casos de doenças, foram confirmados 593 casos de coqueluche em 2011. Desses, 451 ocorreram em crianças menores de um ano.

O estado de São Paulo foi palco de sete das 15 mortes registradas pela doença no mesmo período. Já o Rio de Janeiro presenciou dois casos. Os outros óbitos aconteceram em Roraima, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Infecção natural
Umas das explicações para o retorno da doença é a diminuição drástica das infecções naturais nos países com campanhas fortes de vacinação. Quando a bactéria infecta a pessoa, ela costuma garantir até 15 anos de imunidade ao portador. Já as vacinas deixam o paciente livre do risco de infecções por apenas seis anos.

A principal forma de prevenção da coqueluche é a vacinação. Anticorpos contra a doença são criados quando é administrada a vacina tríplice bacteriana ou DTP - a sigla faz refefências à difteria, ao tétano e à pertússis, nome menos comum da coqueluche.

O programa de imunização básico para crianças no Brasil prevê três doses da tríplice, aplicadas aos dois, quatro e seis meses de idade. Doses extras de reforço ao calendário infantil são recomendadas aos 15 meses de idade e no período escolar (entre 4 e 6 anos).

Nenhum comentário: