
Da lista de um milhão de sites mais acessados no mundo no ano passado, somente 4% são de pornografia. Além disso, entre julho de 2009 e julho de 2010, apenas 13% das pesquisas em sites de busca foram sobre o tema. Esses são alguns dos surpreendentes dados divulgados pelo neurocirurgião Ogi Ogas, um dos responsáveis pelo livro A Billion Wicked Thoughts (Um bilhão de pensamentos sacanas, em tradução livre), ainda inédito no Brasil. Segundo a Forbes, os dados são os mais completos sobre sites de do gênero na história da web.
A pesquisa de Ogas e do coautor Sai Gaddam centrou-se em duas métricas, consideradas por eles as melhores para medir o interesse em sexo: com que frequência as pessoas buscam por esse tipo de conteúdo, e quanto do tráfego da internet é direcionado para esses sites. Para a primeira medida, eles analisaram estatísticas de sites de busca, com números que giram entre 10% e 15% atual - "e mais em anos anteriores, quando a web era mais acessada pelo público masculino", completa o neurocirurgião.
Para medir o tráfego, eles optaram por avaliar o milhão de sites mais acessados, por entender que essa lista é mais representativa do que amostras randômicas. Os cinco sites pornôs com mais visitantes no mundo têm entre 7 milhões e 16 milhões de visitas por mês. O topo da lista é o LiveJasmin, site que permite contato via webcam e atrai cerca de 32 milhões de usuários - o equivalente a 2,5% dos internautas no mundo.
Os dados obtidos pelo estudo provam, segundo o autor, que o famoso "metade da web é pornografia" não passa de um mito. Enquanto escreviam o livro, Ogas e Gaddam buscaram o máximo de pesquisas sobre o acesso e as buscas por sites de pornografia. "Percebemos que a maior parte dos estudos era inventada ou falhada", afirma à revista americana, justificando que muitos dos números são frutos da competição entre softwares que bloqueiam conteúdo adulto - ele cita o exemplo de um que anunciou 260 milhões de páginas bloqueadas, o que equivaleria a um site por cidadão americano.
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