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A Corte Arbitral do Esporte (CAS) decidiu nesta quarta-feira o destino de Jobson, punindo-o por dois anos por doping devido ao uso de cocaína em duas partidas pelo Campeonato Brasileiro de 2009. A pena, no entanto, não é tão grave quanto parece. O período não passa a contar a partir desta quarta-feira, e sim de setembro de 2010. Além disso, Jobson já cumpriu seis meses de suspensão após julgamento no STJD. Resumindo: o atacante, que ficaria afastado do futebol até setembro de 2012, voltará a jogar em março.
- Estou aliviado porque dos males esse foi o menor. Seis meses foram uma vitória. Estou bem tranquilo - disse Jobson.
E por que a punição passa a valer a partir de setembro de 2010? Em janeiro de 2011, a Wada (Agência Mundial Antidoping) não concordou com a decisão do STJD - de seis meses de suspensão - e entrou com um recurso na CAS. A punição anunciada nesta quarta-feira, então, passaria a contar a partir daí. No entanto, a CAS entende que, em um processo tão longo, quatro meses foram perdidos apenas com as etapas de encaminhamento e tradução do documento do STJD para a Fifa, e da Fifa para a Wada. Assim, a punição de dois anos a Jobson passa a valer a partir de quatro meses antes de janeiro de 2011 (data do recurso da Wada), ou seja, setembro de 2010.
A Wada não entendia dessa maneira e queria que a punição começasse nesta quarta-feira, o que deixaria o atacante longe dos gramados por mais um ano e meio - descontados os seis meses já cumpridos. O que salvou Jobson foi o artigo 53 do regulamento antidoping da Fifa, que diz que "o período de inelegibilidade deve começar logo que a decisão é comunicada ao jogador", o que se refere à data do recurso da Wada.
- O Painel da CAS aceitou a solicitação e determinou, de acordo com seus critérios subjetivos, que fossem deduzidos mais quatro meses da pena, período que estabeleceu como referente ao tempo em que a Fifa levou para traduzir a decisão do STJD e comunicar a Wada para que ela pudesse julgar a necessidade de recurso - explicou o advogado de Jobson, Bichara Neto, acrescentando que os quatro meses de dedução da pena já haviam sido aplicados no caso de doping de Dodô em 2007.
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