Acusado de corrupção pelo policial João Dias Ferreira, o ministro do Esporte, Orlando Silva, autorizou de próprio punho uma medida que beneficiou uma organização não governamental do militar em julho de 2006, quando assinou despacho que reduziu o valor que a ONG de Ferreira precisaria gastar como contrapartida para receber as vergas do governo, segundo informações da Folha de S.Paulo. Auditorias internas já haviam apontado irregularidades em negócios do policial com a pasta.
De acordo com documentos obtidos pelo jornal, o ofício assinado por Orlando Silva reduziu exigências e fixou em 6% a contrapartida da Associação João Dias num convênio com o Ministério do Esporte, percentual inferior ao normalmente exigido de outras ONGs no Distrito Federal, que chagavam a 30%, em média. O ministro, em seu despacho, alegou que seguiu uma sugestão da área técnica do ministério. Na época, o primeiro convênio firmado com o policial, em nome de outra ONG (Federação Brasiliense de Kung Fu), já havia sido reprovado, o que vetara a sua renovação. João Dias Ferreira, então, reapresentou o projeto com outra ONG, a Associação João Dias.
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