sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Luis Álvaro condena "aliança" de DIS com Ganso: "morram abraçados"


De férias em Barcelona, o presidente do Santos, Luis Álvaro Ribeiro, se manifestou com relação a notificação de Ganso para o clube, na última quarta-feira, sobre a intenção da venda de 10% de seu percentual para o Grupo DIS por R$ 5 milhões. Em entrevista à Rádio Estadão/ESPN, o mandatário santista criticou asperamente a conduta dos agentes do meia e crucificou até mesmo o fato de Ganso estar ouvindo conselhos do grupo de investimentos.

"(Se o Ganso) abraça a ideia então morram (DIS e Ganso) juntos e abraçados. Imagine que o Santos vai às vésperas de seus 100 anos abdicar de algum dos seus direitos. O Ganso tem o tempo dele, eu respeito, mas nós temos o nosso. Combinamos de conversar em janeiro. Aparece uma informação plantada na cabeça dele por essa gente que tem um procurador de péssima qualidade ética e ficam botando palavras na boca dele. A obrigação é que o Santos tem que ser notificado e vai decidir, ou não, no meu tempo e na minha hora", disse.

Na divisão dos direitos econômicos, o Santos possui 45% enquanto os outros 45% já são do Grupo DIS. A revelação da venda dos 10%, percentual do qual o próprio jogador é detentor, foi feita pelo camisa 10 em meio a disputa do Mundial de Clubes, no Japão, pouco antes da estreia santista. No desembarque em Santos, no CT Rei Pelé, o meio-campista recuou afirmando só haver um "pré-acerto" com a DIS por sua parte dos direitos.

Na quarta-feira, Ganso notificou oficialmente o Santos, que tem um prazo de 10 dias para se manifestar e dizer se cobrirá a oferta do grupo de investidores.

"Esse senhor (Thiago Ferro, empresário do Ganso), que é uma pessoa intratável, poderia fazer uma cortesia para a família dele no Natal. O Santos não precisa de cortesia, especialmente de gente como ele", rebateu Luis Álvaro sobre o fato do agente ter chamado de "cortesia" a notificação ao clube.

"O Santos tem os seus direitos absolutamente claros e contratados. Estamos brigando com esse pessoal na Justiça porque eles entendem que são os donos da verdade e que podem fazer com o clube o que quiserem. Esse tipo de gente deveria ser excluída e banida do futebol", disse o mandatário. "Mais uma vez, às vésperas de uma partida importante, colocaram o coitado do Ganso na roda", completou.

Santos e o Grupo DIS brigam na Justiça por parte dos direitos econômicos de sete atletas negociados com a empresa em 2009 por R$ 2,9 milhões (25% de Paulo Henrique Ganso, Diego Faria, Anderson Planta, Tiago Luís, Wesley, além de 20% de Breitner).

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