No Brasil, algumas práticas de crueldade animal pouco aceitas socialmente, como as rinhas de galo e a Farra do Boi, são consideradas ilegais e punidas com cadeia. Por outro lado, há um tipo de violência contra bichos quase ignorada pelas autoridades e pela Justiça: os maus tratos contra cães, gatos e outros animais de estimação.
O caso mais recente foi um vídeo publicado na internet em 14 de dezembro mostrando um pequeno cão yorkshire espancado por uma mulher em Formosa, no interior de Goiás. A violência é presenciada por uma criança pequena, supostamente a filha da agressora. Segundo a polícia, o cão morreu. Também os casos de Titã, enterrado vivo em Novo Horizonte, e Lobo, o rottweiler que morreu depois de ser amarrado a um carro e arrastado pelo próprio dono em Piracicaba, ambos em São Paulo, chamaram a atenção. Infelizmente, eles estão longe de ser exceção.
O crime de maus tratos não costuma ser considerado caso de polícia nem mesmo pela polícia – apesar de o ser. Os registros são precários e não há dados oficiais sobre os abusos cometidos contra animais domésticos no Brasil. O dia a dia das entidades que resgatam esses bichos, no entanto, dá uma ideia de como as agressões são recorrentes. “Pela quantidade de cães que temos aqui já é possivel ter uma ideia do tamanho desse universo de crueldade", afirma Claudia Demarchi, presidente da ONG Clube dos Vira-Latas, de Ribeirão Pires. "Recebemos mais de 100 e-mails e telefonemas por dia com denúncias e cerca de 20% estão relacionadas a maus tratos”.Informações Teia de Notícias
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