Uma entrevista coletiva às 12h desta quinta-feira (de Brasília), com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, deve oficializar o que já é dado como certo desde terça-feira: Ronaldo irá assumir o comando do Comitê Organizador Local para a Copa do Mundo de 2014. A descentralização de poder foi iniciada por Teixeira com a passagem de bastão para Andrés Sanchez, anunciado diretor de seleções para 2012 na última semana. O passo seguinte será dado nesta quinta.
A CBF, em comunicado bastante objetivo, apenas anunciou que Teixeira concederá entrevista coletiva, mas não confirmou que Ronaldo será o presidente do COL. Também é esperada a presença do ex-jogador, criador da Agência Publicitária Nine que atende jogadores da Seleção, casos de Neymar, Lucas e Leandro Damião, e tem relação com parceiros da mesma CBF, caso da Ambev e da Nike.
As duas movimentações mais recentes de Teixeira têm objetivos muito claros. O principal deles é dividir os holofotes, hoje muito concentrados em si, e concentrar os esforços na defesa de escândalos que pairam em torno de sua administração. O mais importante deles é a promessa feita por Joseph Blatter, presidente da Fifa, de que o processo que envolveu a extinta ISL será reaberto após ser mantido em sigilo pela Justiça Suíça desde o último ano.
A previsão é de que os segredos da investigação sejam levados a público no próximo mês e a britânica BBC afirma que Teixeira seria um dos principais atingidos com as revelações. Um resultado ruim jogaria por terra seus planos de concorrer de forma pesada à presidência da Fifa em 2015. Ressurgir nos bastidores com a descentralização de poder em nível doméstico é a meta de Teixeira, que também pretende usar a dupla Ronaldo-Andrés Sanchez a seu favor em outra estratégia.
Acuado pelo pulso firme da presidente Dilma Rousseff, ele também tentará aparar suas arestas junto ao Governo Federal com a utilização de dois agentes com trânsito em Brasília, justamente Ronaldo e Andrés, amigos pessoais do ex-presidente Lula. No passado, a ideia de Teixeira era ter Pelé como presidente do COL, o que não se concretizou pelo distanciamento do ex-jogador.
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