
Salvador possui gravidade média de infestação da dengue, em índice médio estimado de 3,2% em 2011, muito próximo ao percentual considerado alto, que é a partir dos 3,5%, segundo dados do Centro de Controle de Zoonoses, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
No começo de dezembro, o Ministério da Saúde divulgou que a cidade é a capital do Nordeste com maior índice de dengue. O índice satisfatório seria abaixo de 1%, segundo classificação do Ministério.
“Toda a cidade tem Aedes Aegypti. Risco de epidemia sempre há”, informa o veterinário e coordenador do Centro de Zoonoses, Marcelo Medrado. Segundo ele, a afirmação serve como ressalva porque até mesmo os locais de baixa incidência podem ter a realidade alterada por descuido da população. “O índice aumenta, diminui, é sazonal. O que percebemos é que a pessoa não se sente responsável pelo acontecimento, sempre diz que é na casa do vizinho”, aponta.
A região do Subúrbio Ferroviário é a mais infestada, com destaque aos bairros de Coutos, Fazenda Coutos e Periperi. Já o bairro da Graça e o Centro Histórico são tidos como os que possuem situações controladas.
“Sempre é o Subúrbio Ferroviário, pelas residências com falta de estrutura, pelos problemas no abastecimento de água”, observa Medrado.
No período do verão, iniciado em dezembro e com término estimado para março, a proliferação da dengue é mais propensa, conforme sinaliza o órgão. “O calor intenso com chuvas esparsas facilita a eclosão dos óvulos. No inverso, a chuva constante lava os criadouros e o nascimento dos mosquitos é minimizado”, explica Medrado.
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