“Ainda bem que aqui na Bahia ninguém sabe assentar
pedra portuguesa. Todos os dias, quando caminho na orla de Salvador,
ando com uma debaixo do braço”. Quem tenta se proteger da falta de
segurança nos calçadões das praias é o advogado José Geraldo Costa Leal,
60 anos, que se exercita todos os dias entre a Pituba e Patamares,
onde, nesta terça (16), o azul do mar contrastou com uma mancha de
sangue no calçadão, quando um homem de cerca de 50 anos foi morto com
três tiros, por volta das 6h30, enquanto fazia cooper.
Segundo testemunhas, dois homens em uma moto
abordaram a vítima. “Tava chegando para trabalhar e ouvi os disparos.
Ainda vi um dos caras subir com a arma, colocar o capacete e fugir na
moto”, relatou o barraqueiro Osmar Ramos, 53.
A vítima – atingida com dois tiros nas costas e um
na clavícula – morreu no local. “Esse coroa passava aqui todos os dias e
sempre me dava bom-dia. Nunca vi uma situação como essa aqui”,
continuou o barraqueiro.
De acordo com o delegado Alex Gabriel, do
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a hipótese do
crime é de execução. “Todos os pertences da vítima foram deixados no
local. Quem matou já havia premeditado”, avaliou. O corpo foi
encaminhado ao Instituto Médico Legal e, até as 21h, ninguém foi fazer a
identificação.
Insegurança
Entre o Porto da Barra e Itapuã, alguns pontos são considerados críticos por quem não dispensa a prática de exercícios na orla. O CORREIO percorreu a orla da cidade ontem e, a partir de depoimentos dos frequentadores, mapeou os piores pontos em termos de segurança.
Entre o Porto da Barra e Itapuã, alguns pontos são considerados críticos por quem não dispensa a prática de exercícios na orla. O CORREIO percorreu a orla da cidade ontem e, a partir de depoimentos dos frequentadores, mapeou os piores pontos em termos de segurança.
A praia do Budião, em Amaralina, por exemplo, sofre
com a falta de policiamento, segundo os frequentadores. “Já vi assaltos
aqui e me sinto desprotegido. Até onde a visão alcança, não se enxerga
um policial”, criticou o professor Elinaldo Pedreira, 47 anos.
O educador físico Danilo Mota, 30, recomendou aos
seus alunos que não passem pela parte de trás do Aeroclube sozinhos. Ele
disse já ter presenciado diversos assaltos no trecho. “Em um dos casos,
o casal voltou só com as meias”, recordou. O coordenador do
Departamento de Comunicação da PM, capitão Pitta, diz que a área do
Aeroclube registra assaltos porque é mais deserta e afastada da pista de
automóveis.
Tocaia
No Jardim dos Namorados, o estudante de Jornalismo Dimas Novais, 24, apontou dois trechos como perigosos. “Um é a parte em frente ao Habib’s, que é mais baixa que a pista. Às vezes, ficam pessoas suspeitas ali. O outro trecho é atrás das quadras poliesportivas, sem iluminação. Evito vir com objetos de valor e determinados horários para não virar estatística”, resumiu.
Tocaia
No Jardim dos Namorados, o estudante de Jornalismo Dimas Novais, 24, apontou dois trechos como perigosos. “Um é a parte em frente ao Habib’s, que é mais baixa que a pista. Às vezes, ficam pessoas suspeitas ali. O outro trecho é atrás das quadras poliesportivas, sem iluminação. Evito vir com objetos de valor e determinados horários para não virar estatística”, resumiu.
No areal de Piatã, segundo o funcionário público
Carlisvan Delfino, 42, ladrões ficam na espreita de vítimas. “Já vi uma
mulher com a faca no pescoço colocada por um bandido. É difícil ver
uma viatura e, nos finais de semana, a situação fica ainda pior”.
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