Um desenho de um homem barbado, feito à mão por uma
menina de 5 anos, e o depoimento assinado por ela ajudaram a Polícia
Civil de São Paulo na identificação do suspeito de violentar sexualmente
a garota. O crime teria ocorrido em agosto deste ano, dentro da escola
municipal onde ela estudava, na Zona Leste da capital paulista.
Um desempregado de 37 anos chegou a ser preso pela
suspeita do crime de estupro, no início de outubro, mas foi posto em
liberdade porque não havia sido detido em flagrante, como determina a
lei eleitoral. Ele é morador de rua, dormia numa obra vizinha à
escolinha, e teria entrado no local ao pular um muro.
A criança contou no 24º Distrito Policial, em
Ermelino Matarazzo, que naquela tarde de agosto brincava sozinha no
pátio da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Professora Ana
Marchione Salles, no Jardim Popular, quando o agressor a agarrou por
trás, beijou sua boca e abusou dela.
O delegado titular Marcel Druziani afirmou ontem que
investiga se funcionários falharam na segurança da menina. A mãe da
garota, a auxiliar administrativa Priscila, de 26 anos, disse que pediu à
filha para desenhar o agressor na delegacia. O desenho ficou com o
investigador.
Em 2 de outubro, um homem com roupas sujas e com as
mesmas características físicas da ilustração foi reconhecido pela
criança quando ela caminhava com a avó em direção ao mercado. Ele foi
detido pela PM e levado para o 24º DP, onde negou o crime.
Mesmo assim, acabou indiciado por estupro de
vulnerável, já que o laudo do IML indicou que a garota apresentou
ferimentos similares aos de vítimas de abuso. Outros exames
complementares foram requisitados pela polícia para tentar corroborar a
acusação.
Para revolta da família da menina, no entanto, esse
homem foi posto em liberdade na mesma data em que tinha sido detido pela
PM, em cumprimento à lei eleitoral.
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