quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Mesmo com queda, Brasil paga o 4º maior juro real do mundo

Com a taxa básica de juros (Selic) em 7,25% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) anunciada nesta quarta-feira, o juro real (taxa básica descontada a inflação projetada nos próximos 12 meses) brasileiro se tornou o quarto maior do mundo: 1,7% ao ano, segundo estudo dos economistas Jason Vieira e Thiago Davino. Com a nova taxa básica e a inflação projetada, o País ficou atrás apenas de China (3,9% ao ano), do Chile (2,3% ao ano) e Austrália (2%).

Para os juros nominais (sem o desconto da inflação projetada nos próximos 12 meses) a redução de 0,25 ponto percentual na Selic deixa o Brasil também na quarta colocação, atrás da Venezuela, com 16,20%, Argentina com 9%, e Rússia com 8,25%. O Brasil ficou logo acima da Índia (7%), Hungria (6,5%), China (6%), Indonésia e Turquia (5,75%) e África do Sul e Chile (5%). A média de juros nominais dentre os quarenta principais países listados pela corretora é de 3,17%.

A taxa básica de juros (Selic) foi reduzida pela décima vez seguida para o menor valor histórico. O recorde anterior era de 7,5% ao ano, que vigorou entre agosto e outubro deste ano. A queda está relacionada ao crescimento fraco da economia brasileira - impactado também pelo desempenho frágil da economia mundial. Banco Central e os ministérios da Fazenda e do Planejamento já reduziram a projeção de alta economia neste ano. A última redução foi anunciada nesta semana pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que diz esperar que o Brasil cresça 1,5% neste ano, ante previsão - feita em julho - de crescimento de 2,5%.

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