Com a taxa básica de juros (Selic) em
7,25% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom)
anunciada nesta quarta-feira, o juro real (taxa básica descontada a
inflação projetada nos próximos 12 meses) brasileiro se tornou o quarto
maior do mundo: 1,7% ao ano, segundo estudo dos economistas Jason Vieira
e Thiago Davino. Com a nova taxa básica e a inflação projetada, o País
ficou atrás apenas de China (3,9% ao ano), do Chile (2,3% ao ano) e
Austrália (2%).
Para os juros nominais (sem o
desconto da inflação projetada nos próximos 12 meses) a redução de 0,25
ponto percentual na Selic deixa o Brasil também na quarta colocação,
atrás da Venezuela, com 16,20%, Argentina com 9%, e Rússia com 8,25%. O
Brasil ficou logo acima da Índia (7%), Hungria (6,5%), China (6%),
Indonésia e Turquia (5,75%) e África do Sul e Chile (5%). A média de
juros nominais dentre os quarenta principais países listados pela
corretora é de 3,17%.
A taxa básica de juros (Selic)
foi reduzida pela décima vez seguida para o menor valor histórico. O
recorde anterior era de 7,5% ao ano, que vigorou entre agosto e outubro
deste ano. A queda está relacionada ao crescimento fraco da economia
brasileira - impactado também pelo desempenho frágil da economia
mundial. Banco Central e os ministérios da Fazenda e do Planejamento já
reduziram a projeção de alta economia neste ano. A última redução foi
anunciada nesta semana pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que diz
esperar que o Brasil cresça 1,5% neste ano, ante previsão - feita em
julho - de crescimento de 2,5%.
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