Responsável por uma das maiores polêmicas da última rodada do Campeonato
Brasileiro, a faixa com críticas à arbitragem da torcida do Náutico
estará novamente nos Aflitos no próximo sábado, na partida contra o
Corinthians, a partir das 16h20 (de Brasília). Uma das organizadoras do
protesto, a estudante de direito Ivanna Caroline Albuquerque diz que
fará uma nova ação: "e ainda vai ter uma outra (faixa), em relação à
Constituição, defendendo o direito dos cidadãos de se expressar", avisa.
Em entrevista ao Terra, Ivanna disse que ela e um amigo, o
estudante Luís Carlos, idealizaram o protesto. Ela é sócia do clube, mas
não tem ligação com nenhuma das torcidas organizadas e nunca tinha
participado de outro tipo de manifestação. A faixa preta mede 35m x
1,40m e tem uma frase escrita em letras brancas: "não irão nos derrubar
no apito". O árbitro Leandro Pedro Vuaden só iniciou o jogo contra o
Atlético-GO, no último sábado, após o objeto ser retirado da
arquibancada.
Os torcedores, o treinador Alexandre Gallo, dirigentes e até jogadores
têm reclamado insistentemente dos erros de arbitragem que teriam
prejudicado o Náutico no Brasileiro 2012. Além do pênalti em Kim, na
partida contra o Fluminense, Ivanna lembra de erros nas partidas contra o
Vasco, Internacional e até na goleada sofrida diante do Atlético-MG,
por 5 a 1, quando a partida ainda estava empatada.
Sobre a repercussão do episódio, que pode até acarretar em punição ao
Náutico no STJD, a estudante disse que está recebendo muito mais apoio
do que críticas: "por incrível que pareça estou recebendo apoio de gente
que torce pelo Sport, Santa Cruz e até mesmo torcedores de times do
Sudeste", afirma ela, que garante não ter recebido nenhuma crítica por
parte dos dirigentes, jogadores ou de outros sócios do Náutico.
Após a partida, que terminou 2 a 0 para o Náutico, a estudante guardou a
faixa. Ela vai a praticamente todos os jogos do seu time nos Aflitos e
às vezes até mesmo viaja para acompanhar partidas em outras cidades.
Entrevistada por diversos veículos de comunicação em Pernambuco, a
estudante ainda não conversou pessoalmente com nenhum dirigente do
Náutico, mas confirma que já ouviu o presidente Paulo Wanderley
defendendo o seu direito de se expressar, quando participava de uma
entrevista ao vivo.

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