Depois de condenar 12 réus ligados a partidos
aliados ao PT (PL, PTB, PP e PMDB) por corrupção passiva no processo do
mensalão, o Supremo Tribunal Federal começa a julgar hoje os acusados de
corrupção ativa: a cúpula petista - José Dirceu, José Genoíno e Delúbio
Soares - e os operadores do esquema, Marcos Valério e seus associados.
A sessão de hoje do STF já deve começar com a
leitura do voto do relator, o ministro Joaquim Barbosa. Réu confesso,
apesar de alegar que o dinheiro levantado em empréstimos bancários seria
usado em campanhas eleitorais, Delúbio Soares não deve escapar da
condenação. Presidente do partido quando o escândalo estourou, Genoíno,
que assinou os empréstimos, deve ter o mesmo destino. Mas a estrela
deste capítulo do julgamento é mesmo o ex-ministro José Dirceu.
Poderoso comandante da Casa Civil no primeiro
governo Lula e ainda hoje um dos mais influentes líderes do PT apesar de
não ter mandato nem cargo de direção, Dirceu é apontado pela
Procuradoria-Geral da República como principal responsável pela
organização do esquema operado por Delúbio com o empresário Marcos
Valério Fernandes de Souza.
O ex-ministro chefiou a campanha que elegeu o
ex-presidente Lula em 2002 e assumiu o papel de principal articulador
político do novo governo, negociando acordos com os partidos que
formaram a base de apoio ao governo Lula.
Em sua defesa no processo do mensalão, Dirceu admite
que negociou com os partidos aliados, mas nega ter tratado de assuntos
financeiros com eles e diz que se afastou da administração do PT ao
assumir a Casa Civil. Em seu interrogatório no processo, Dirceu disse
que “organizou e negociou” a formação da base aliada, que incluía os
partidos (PP, o extinto PL, hoje PR, PTB e PMDB) cujos líderes foram
condenados nesta semana por corrupção passiva no Supremo.
Ativos
Os ex-dirigentes do PT não são os únicos acusados de corrupção ativa neste capítulo sobre a compra de apoio parlamentar - o quarto dos sete em que o ministro Joaquim Barbosa fatiou o julgamento do mensalão. Também vão ser julgados o ex-ministro dos Transportes, Anderson Adauto (então no PL e hoje no PSB); o publicitário Marcos Valério, seus ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach; Rogério Tolentino, ex-advogado da agência de propaganda SMP&B; Simone Vasconcellos, ex-diretora da empresa, e Geiza Dias, ex-funcionária da agência. O grupo de Marcos Valério já foi julgado em outros capítulos e todos foram condenados, com exceção de Geiza, absolvida pela maioria dos ministros do STF.
Os ex-dirigentes do PT não são os únicos acusados de corrupção ativa neste capítulo sobre a compra de apoio parlamentar - o quarto dos sete em que o ministro Joaquim Barbosa fatiou o julgamento do mensalão. Também vão ser julgados o ex-ministro dos Transportes, Anderson Adauto (então no PL e hoje no PSB); o publicitário Marcos Valério, seus ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach; Rogério Tolentino, ex-advogado da agência de propaganda SMP&B; Simone Vasconcellos, ex-diretora da empresa, e Geiza Dias, ex-funcionária da agência. O grupo de Marcos Valério já foi julgado em outros capítulos e todos foram condenados, com exceção de Geiza, absolvida pela maioria dos ministros do STF.
Ao todo, 22 dos 37 réus do processo do mensalão já
foram condenados pelo Supremo na análise de quatro tópicos da denúncia:
desvio de recursos públicos, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e
corrupção entre partidos da base. As penas (de prisão ou prestação de
serviços, por exemplo) para cada condenado só serão definidas ao final
do julgamento, que o STF prevê terminar até o começo de novembro.
Ministros divergem em caso de empate
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) divergiram ontem sobre a regra que a Corte deverá aplicar em casos de empate no julgamento do mensalão. Até o momento, houve empate com relação a um réu, o ex-deputado do PMDB José Borba. Cinco ministros votaram pela absolvição do réu pelo crime de lavagem de dinheiro e cinco pela condenação. Para o ministro Ricardo Lewandowski, a dúvida beneficia o réu. "O empate beneficia o réu: in dubio pro reo. É um princípio universal do direito". Já o ministro Marco Aurélio Mello defendeu que prevaleça a posição do presidente do STF. “É a responsabilidade dupla do presidente”, disse.
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) divergiram ontem sobre a regra que a Corte deverá aplicar em casos de empate no julgamento do mensalão. Até o momento, houve empate com relação a um réu, o ex-deputado do PMDB José Borba. Cinco ministros votaram pela absolvição do réu pelo crime de lavagem de dinheiro e cinco pela condenação. Para o ministro Ricardo Lewandowski, a dúvida beneficia o réu. "O empate beneficia o réu: in dubio pro reo. É um princípio universal do direito". Já o ministro Marco Aurélio Mello defendeu que prevaleça a posição do presidente do STF. “É a responsabilidade dupla do presidente”, disse.

Nenhum comentário:
Postar um comentário