Durante visita ao Terminal de São Joaquim nesta terça-feira (2), o
vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, voltou a
criticar a TWB. Ele inspecionou a oficina, a caldeiraria e esteve no
terminal de embarque.
Desta vez, o vice-governador relatou que a
empresa deixou de cumprir itens do contrato firmado com o governo: “já
tínhamos uma noção do que acontecia. Agora conseguimos ver de perto tudo
que devia ser feito e não foi. É doloroso saber que alguém que tinha um
contrato de concessão por 25 anos manteve uma gestão sem nenhum tipo de
compromisso com o patrimônio público”.
Segundo nota da
Secretaria de Comunicação do Governo do Estado (Secom), peças de motores
que apresentaram defeito poderiam ter sido recuperadas e recolocadas em
uso, mas já não servem mais por terem ficado um longo período expostas
ao tempo.
A empresa Lumar - contratada para realizar a
manutenção aos ferries – informou ao vice-governador que a aquisição de
um novo motor pode chegar a US$ 150 mil.
Outro problema apontado é o processo de desmoronamento de uma parte da
estrutura do atracadouro. “Os chamados dolphins deveriam ser recuperados
pela TWB, mas não foram”, diz a nota.
Caixa 2
Em entrevista coletiva no último dia 24, Otto Alencar apontou irregularidades encontradas pelo governo na gestão da TWB,
como desvios de recursos sem finalidade específica, envio de dinheiro
para a companhia em São Paulo, estacionamento terceirizado, apesar de
ter funcionários da TWB, entre outros – o vice-governador chegou a
acenar com a possibilidade de um caixa 2 na empresa.
Três ferries no feriado
Segundo
a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia,
Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), devido à necessidade de
recuperação das embarcações, apenas três ferries vão funcionar no
feriado de 12 de outubro.
Um relatório com as irregularidades
encontradas pelo Estado na TWB vão formar um relatório que será enviado
ao Ministério Público. Desde o dia 20, a Agerba está no controle das operações do ferry boat.
Com a decisão, a TWB, que administrava o transporte marítimo desde
2006, foi obrigada a devolver a concessão ao governo do estado.
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