A Polícia Civil de Goiás está investigando um caso misterioso ocorrido no último sábado, em Goiânia. Após participar de um ritual de Santo Daime na região da Chácara do Bom Retiro, próxima ao município de Nerópolis, a técnica de enfermagem Deise Farias, de 41 anos, desapareceu. Segundo familiares, a mulher saiu de casa por volta das 10h e não voltou mais.
O desaparecimento, de acordo com familiares, só foi comunicado um dia depois, na noite de domingo. A mulher fazia uso de medicamentos controlados e, neste dia, teria deixado de tomá-los. Na segunda-feira, enquanto realizavam buscas, familiares encontraram as roupas de Deise em uma fazenda próxima ao local do culto, com marcas de sangue. As investigações estão sendo realizadas pela Delegacia de Investigação Criminal (DEIC) de Goiás.
De acordo com Keila Farias, irmã de Deise, a mulher começou a frequentar rituais do Santo Daime há cerca de três meses. Porém, há cerca de 25 dias, começou a apresentar um comportamento agressivo, além de ter sofrido um aumento de pressão. Por conta disso, a irmã levou Deise para iniciar um tratamento psiquiátrico em Brasília, onde ficou por 22 dias.
- Ela reagiu bem ao tratamento nesse período. Passou a tomar um ansiolítico, um anticonvulsivo e um outro remédio de tarja preta. Na quinta-feira, a levei de volta para Goiânia. Porém, na sexta-feira, ela suspendeu a medicação por orientação de um líder religioso e, no sábado, foi para o ritual do Santo Daime - conta Keila, destacando que, neste dia, a irmã teria tomado Ayahuasca, chá do Santo Daime com efeitos alucinógenos.
Segundo a irmã, Deise foi para o ritual às 10h, e teria desaparecido às 23h. No entanto, a família só soube do desaparecimento quase um dia depois, às 19h de domingo.
- Segundo os daimistas que participaram do culto, ela teve um surto no meio do ritual e foi embora. Porém, só nos avisaram que havia sumido no dia seguinte, quando devolveram seu carro e seus pertences. Achamos tudo isso muito estranho - diz a mulher.
Na segunda-feira à noite, enquanto realizavam buscas por Deise, a família encontrou roupas da mulher com marcas de sangue em uma moita próxima a uma ribanceira, dentro de uma fazenda da região. Apesar de temerem o pior, a família ainda faz uma campanha nas redes sociais em busca de Deise.
- Ela era tranquila, trabalhadora. Nunca deu trabalho para a familia. Ela adorava o Daime, só falava disso. Estava em uma busca espiritual, e gostou da religião pela proximidade com a natureza - lembra, destacando que Deise tem uma filha de 22 anos e uma neta.
O EXTRA tentou entrar em contato com a DEIC, mas, até agora, não obteve retorno sobre o andamento das investigações.
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