quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Mortes de PMs deixam policiais sob tensão em casa e nas ruas
Quem é pago para proteger hoje pede proteção. Após a execução do soldado Edmilson Nascimento, 42 anos, no domingo - a 20ª baixa na Polícia Militar neste ano- o clima está tenso na corporação. Policiais dizem estar tensos com a ação das quadrilhas e 280 deles tiveram que deixar suas casas este ano devido à farda, de acordo com a Associação de Praças da PM. Revoltados, eles cobram solução imediata.
Morador da Baixa do Manu, em Pernambués - apontado pela Secretaria de Segurança Pública como o bairro mais violento de Salvador- um soldado da 11ª Companhia da Polícia Militar (Barra/Ondina), não esconde o medo: “Ser policial hoje é sinônimo de alto risco. Foi-se o tempo em que a polícia intimidava. Hoje não passamos de troféus para malandros”.
Casado, pai de três filhos - um deles recém-nascido-, ele segue uma rotina de segurança para proteger também a família. “ Depois que minha mulher lava o meu uniforme, a roupa é secada dentro de casa para não chamar a atenção de bandidos. Proibi ela e meus filhos de comentarem por aí que sou policial. A gente evita falar em casa sobre o meu trabalho para os vizinhos não escutarem através das paredes”.
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