quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Wagner eleva o tom e Geddel rebate críticas e o acusa de crime



O governador Jaques Wagner classificou quarta-feira (2) como “jogada política” a representação criminal na qual o PMDB o acusa de prevaricação no caso do escândalo do Expresso da Propina, esquema de corrupção envolvendo a agência que regula os transportes no estado, a Agerba.

A denúncia do partido, que foi aliado do PT na Bahia até agosto deste ano, foi encaminhada na terça-feira à Procuradoria Geral da República (PGR). Segundo o PMDB, a prática de prevaricação é fundamentada em uma entrevista recente do governador ao programa Balanço Geral, da TV Itapoan, na qual ele diz que havia sido informado sobre “problemas” na Agerba.

Para Wagner, a representação à PGR foi feita “mais para tentar justificar o ato (as acusações de corrupção contra aliados do PMDB) do que qualquer outra coisa. Sinceramente, acho isso uma brincadeira”, disse Wagner .

Informado do teor das declarações do governador, o ministro da Integração Nacional, Geddel Viera Lima, contra- atacou: “Brincadeiras são as opiniões de Wagner, que já não levo a sério há muito tempo. Brincadeira é usar o aparelho estatal para intimidar adversários. Que ele prevaricou, não resta dúvidas. Ou então foi leniente, o que é próprio dele ”, alfinetou Geddel.

Para Wagner, a acusação levada à PGR é inconsistente. “Se quem recebeu a denúncia (da cobrança de propinas pela direção da Agerba, órgão que era comandado pelo PMDB), fui eu, e mandei investigar, não faz sentido eu ser acusado de prevaricação”, afirmou.

Por outro lado, Geddel diz que cabe à PGR, e não ao governador, decidir se houve crime. Já para a assessoria do PMDB, o governador deve revelar os nomes convocados por ele para cobrar explicações sobre os “problemas” no sistema de transportes.

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