domingo, 2 de maio de 2010
Falta de estrutura prejudica graduação no interior da Bahia
Mais de 30 estudantes do 1º e 2º semestres do recém-implantado curso de medicina da Universidade Estadual do Sudoeste (Uesb) em Jequié (a 359 km de Salvador) vão ter que enfrentar, este mês, viagem de mais de 200 quilômetros para acompanhar aulas práticas no campus da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em Itabuna, sul do Estado.
A aulas na universidade vizinha são necessárias porque o campus da Uesb carece de obras estruturais, a exemplo das salas de aulas práticas para medicina, odontologia, farmácia e enfermagem.
O local já está definido, em terreno doado à Uesb nas proximidades do campus de Jequié, mas as obras – que deveriam ser iniciadas em novembro do ano passado – somente começaram em janeiro e se arrastam em ritmo lento. “Nós, alunos, não acreditamos que o módulo esteja pronto até dezembro deste ano”, afirma Lara Régia. O pavilhão de aulas – cujo cronograma de obras fixou a conclusão em 2006 – sequer entrou na fase de preparação, passados seis anos. Só não demorou em receber apelido.
“A gente batizou de ‘a lenda’, porque se encaixa bem na situação”, comenta a estudante Izabel Bou Teixeira, diretora do centro acadêmico.
Como se não bastasse a falta de docentes para as disciplinas medicina social e clínica II, os alunos foram informados da transferência do professor de genética humana, Marcos Vinícius de Matos Gomes, para uma universidade em Londrina, Paraná.
O docente, reconhecido pesquisador na área, é considerado pelos alunos um dos melhores da instituição. “Nossa sessão de pesquisa já é fraca e agora sofre mais essa baixa. Sabemos que o que impulsiona uma universidade é a pesquisa, e ela é colocada em segundo plano aqui na Uesb”
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Um comentário:
Vitoria da Conquista, não é uma cidade modelo na área da medicina?
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