A presidenciável Marina Silva (PV) não comparecerá ao encontro entre candidatos à Presidência da República que será promovido pela CNA (Confederação Nacional da Agricultura) na quarta-feira (1), segundo a coordenação de campanha da senadora.
Pelas regras estabelecidas, foram apresentados apenas os temas que podem ser questionados, o que, segundo a campanha de Marina, não garante imparcialidade ao debate e pode favorecer José Serra (PSDB), que vem caindo nas pesquisas de intenção voto. A ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (PT) já disse que não comparecerá.
Segundo levantamento feito pelo Ibope, dilvulgado na última quarta-feira (23), Dilma tem 40% da preferência do eleitorado, contra 35% do candidato tucano. Já Marina conta com 9% das intenções de voto. Diante desse cenário, a maioria da coordenação de campanha da acriana quer vê-la longe do evento. Marina quer ir ao encontro, apesar de considerar a entidade um "habitat bom para tucano".
A equipe da candidata verde também ficou insatisfeita com a demora da CNA em enviar um documento - que já teria sido disponibilizado para Serra em abril - com a visão da entidade para as políticas do campo. Enquanto esteve à frente do ministério do Meio Ambiente, Marina teve disputas acirradas com setores do agronegócio em sua tentativa de diminuir o desmatamento em todo o país.
Coordenador de campanha de Marina, João Paulo Capobianco disse na manhã desta segunda-feira (28) que estava negociando com a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da CNA, novas regras para o encontro. "A ideia da CNA é fazer um debate neutro, e não favorecer ninguém. Nós respeitamos muito tanto Marina quanto Serra", disse Kátia. A senadora, porém, não respondeu à solicitação da campanha verde, que queria ter acesso prévio às perguntas que seriam feitas.
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