quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Acusados de chacina em Itajuípe são condenados a mais de 100 anos


O Tribunal do Júri em Itajuípe condenou, na noite desta quarta-feira, 1º, Anderson Gonçalves dos Reis, 27 anos, e Alex de Paula Silva, 26 anos. Eles são acusados de matar três mulheres e duas crianças. Alex foi condenado à pena de 100 anos e 8 meses de prisão, e Anderson, a 102 anos. O crime aconteceu no dia 3 de março de 2007, no Sítio Vontade de Deus, no município de Itajuípe, a 418 km de Salvador.

As vítimas, Ediane Duarte Souza, 40 anos, Geisa Silva dos Santos, 25, e Leidelaura da Paz Santos, 26, foram mortas a facadas e a golpes de enxada. As crianças José Américo Duarte Souza, 5 anos, filho de Ediane, e Pedro Henrique Santos Cruz, 2, filho de Geisa, foram afogadas em um tonel, no fundo da casa.

O julgamento do acusado de ser o mandante, o técnico em dutos da Petrobras José Américo dos Reis Filho, 56, amante de Ediane Duarte e pai do garoto José Américo, foi adiado para 15 deste mês, a pedido da promotoria. O crime foi considerado triplamente qualificado no assassinato das duas crianças, e duplamente qualificado para as 3 mulheres.

Durante toda a manhã desta quarta, a juíza Emanuele Vita Leite interrogou testemunhas e os acusados. O policial civil Ronaldo Souza Dantas negou que os dois acusados tenham sido torturados, porque eles confessaram o crime com detalhes, ainda dentro da viatura quando eram levados, presos, para a delegacia, em Itabuna. O pai de um dos garotos assassinados, Marcos Paulo Cruz, disse que os dois eram amigos de Ediane e não acredita que mataram por ódio, mas por ambição. “ Eles foram manipulados por José Américo dos Reis Filho, uma pessoa fria e calculista”, disse.

As duas testemunhas de defesa, Luciana de Paula, irmã do Alex, afirmou que no dia do crime notou o irmão estranho, mas pensou que ele tinha brigado com Anderson, seu companheiro. Disse que o irmão ia morar com Anderson e guardou uns móveis que eles trouxeram em sua casa, mas não sabia que tinham sido roubados do sítio e que estavam ligados ao crime. Elizenilton Santos, amigo dos dois acusados, destacou apenas que os dois acusados eram seus amigos, que cuidaram de um filho dele dos 6 meses aos 6 anos e que nunca pensou que eles pudessem matar alguém.

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