O acesso aos dados fiscais de Verônica Serra, filha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi realizado a pedido da própria contribuinte, afirmou nesta quarta-feira a assessoria de imprensa da Receita Federal.
De acordo com o Fisco, não houve quebra de sigilo, pois as informações foram coletadas em Santo André (SP) pela funcionária Lúcia Milan por meio de procuração com a assinatura de Verônica autorizando o acesso.
No início desta madruga, em entrevista ao “Jornal da Globo”, José Serra afirmou que houve violação do sigilo fiscal da sua filha, classificando o episódio como "ato criminoso". O candidato comparou o ocorrido com a campanha presidencial eleição de 1989, quando o então candidato Fernando Collor de Mello “usou a filha do Lula para ganhar a eleição”.
Na segunda-feira, o Ministério Público Federal em Brasília recebeu representação da Corregedoria da Receita Federal com informações sobre a apuração interna da quebra de sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, de lideranças tucanas. Segundo denúncias, mais de 140 acessos ilegais a dados de contribuintes foram realizados.
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