O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta quarta-feira que a violação do sigilo fiscal da sua filha Verônica Serra foi um "ato criminoso". Em entrevista ao “Jornal da Globo”, o tucano comparou o fato com um episódio da eleição de 1989, quando o então candidato Fernando Collor de Mello “usou a filha do Lula para ganhar a eleição”.
“Agora a turma da Dilma está fazendo a mesma coisa, pegando milha filha, que não faz política, que é uma mãe de três crianças pequenas, que trabalha muito para criar as crianças juntas, para poder viver”, afirmou.
O episódio de 1989 citado pelo ex-governador paulista se refere a uma acusação de Collor de que Lula havia rejeitado a filha Lurian Cordeiro da Silva. “A Dilma, aliás, está repetindo aquilo que o Collor fez e mais, agora o Collor está do lado dela. Quem sabe talvez ele tenha transferido a tecnologia.”
Questionado sobre a possibilidade de a quebra de sigilo ter sido realizada a pedido de sua filha, Serra disse que isso é uma “mentira descarada”. “Esse pessoal mente, são profissionais da mentira. Tem de provar isso.”
Sobre as privatizações realizadas pelo PSDB no governo federal, o candidato declarou não ver novas concessões “no caminho” e defendeu esse tipo de política. “O caso mais bem sucedido de privatização no Brasil foram as telecomunicações, que o Lula já elogiou, que a Dilma já elogiou, que todo mundo elogia.”
Em seguida, criticou o governo atual por fazer “um tipo de privatização” que “favorece amigos”. “Vou desprivatizar toda a administração pública, inclusive as empresas. O que é público vai continuar público e não sendo usado por políticos em um loteamento, declarou.
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