Tudo mudou no silêncio da madrugada. Até 1h28 de ontem, Marcelo Guimarães Filho estava afastado do Bahia. Fora do poder, o presidente afastado nem pôde entrar no Fazendão pra entregar as cestas de Natal aos funcionários.
Mas, assim como aconteceu no processo eleitoral de 2008, a cúpula tricolor reverteu o jogo quando a maioria da população baiana já dormia.
A liminar do ex-conselheiro Jorge Maia, que afirmou ter sido expulso de forma ilegal do Conselho Deliberativo do clube, juntamente com outros 57 membros, foi cassada.
O pedido de cassação feito pela atual gestão, através do vice-presidente jurídico Ademir Ismerim, e do advogado Adriano Fonseca, foi concedido pelo desembargador Gesivaldo Brito ainda na madrugada de ontem.
Respaldado pela liminar, às 14h o clube retomou o processo de votação. O clima na sede de praia da Boca do Rio foi tranquilo, com direito a show de Carla Perez para a criançada num espaço ao lado da sala de votação. Como era de se esperar, Marcelo Guimarães Filho foi reeleito para o triênio 2012/2014, por unanimidade, com 216 votos.
Aliviado, o presidente comemorou a decisão da Justiça e disse que nunca temeu pelo pior. “É o estatuto, não adianta. Sempre fizemos tudo dentro da legalidade. Nunca temi” disse ele, sorridente.
O mandatário lamentou todo o imbróglio das eleições e fez duras críticas aos opositores. “A oposição que existe no Bahia, pra não chamar de burra, é pouco inteligente. Eles erraram. É o mesmo discurso de sempre. Vão na Justiça e a Justiça derruba, simplesmente porque a fundamentação não existe”, alfineta.
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