quinta-feira, 29 de março de 2012

Suspeita de morte do pai ganhava R$ 10 mil por mês em prostíbulo


Presa na noite de quarta-feira suspeita de mandar matar o pai, em 2010, em Belo Horizonte, para receber um seguro de R$ 1,2 mi, a estudante de Direito Érika Passarelli Vicentini Teixeira, 29 anos, ganhava, segundo a polícia, cerca de R$ 10 mil por mês com programas em uma casa de prostituição. Ela foi presa em uma casa de massagens em Vargem Pequena, no Rio de Janeiro.

"Ela fez várias tatuagens novas. Algumas grandes nas pernas e outras nas costas. Pintou os cabelos de preto e alongou. Mudou bastante o visual com intuito de fugir da polícia. Mas ela alega que foi pela nova profissão", disse o delegado Bruno Wink, responsável pela prisão. Das 18 tatuagens feitas pela estudante, uma, no pulso direito, traz a palavra liberdade.

Na casa de massagens onde fazia os programas, Érika usava os nomes Carina e Pat e também documentos falsos. "Ela usava identidade falsa e outros nomes para não ser reconhecida como procurada," afirmou Wink.

O assassinato de Mário José Teixeira Filho, 50 anos, aconteceu no dia 5 de agosto de 2010, em Itabirito, região central de Minas Gerais. Ele foi morto com três tiros e a filha é suspeita de ser a mandante. Os comparsas no crime seriam o namorado da estudante na época, Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz, 19 anos, e o pai dele, Santos das Graças Alves Ferraz, 47 anos.

Ainda de acordo com o delegado Bruno Wink, a suspeita passou por diversos Estados até ser presa no Rio de Janeiro. "A apuração do crime durou seis meses. Desde o início das investigações, conseguimos informações de que ela passou por diversos Estados. Pouco depois do crime, ela ficou hospedada por dois meses num hotel no bairro Belvedere (Belo Horizonte). Depois, tivemos informações de que ela teria ido para Salvador e em seguida Espírito Santo. Até que se mudou para uma comunidade no Rio chamada Rio das Pedras. E há cerca de três meses, ela estava morando num prostíbulo, em Vargem Pequena, onde efetuamos a prisão."

Ainda segundo Wink, em depoimento, Érika garantiu não ter participação alguma na morte do pai. "Ela é fria e muito tranquila. Fala que não tem envolvimento no caso e que acredita na Justiça. E diz que também não sabe por que sogro e namorado fizeram isso," disse. A estudante deve ser encaminhada para o presídio da cidade de Itabirito (MG), mesma comarca onde o pai foi morto.

Os outros dois suspeitos do crime tiveram as prisões decretadas em 2010. Em abril de 2011 foram presos, mas "devido à morosidade nos processos", foram soltos, segundo Wink.

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