Morreu nesta quarta-feira o jovem ativista tibetano que ateou fogo ao próprio corpo na última segunda em Nova Délhi em protesto pela visita à Índia do presidente da China, Hu Jintao, informaram à Agência Efe fontes do exílio tibetano. Jamyang Yeshi, de 26 anos, estava hospitalizado com queimaduras em 90% de seu corpo, e os serviços médicos que lhe atendiam consideravam seu estado crítico.
Yeshi colocara fogo em seu corpo durante uma manifestação para protestar pela participação de Hu na quarta cúpula dos Brics, que começa hoje com a participação dos líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Cerca de trinta tibetanos, muitos deles monges budistas, morreram após ações semelhantes no marco da atual onda de protestos contra a presença chinesa em Tibete, embora Yeshi seja o primeiro a falecer na Índia.
No país há uma reduzida embora notória comunidade tibetana, que tem seu centro em Dharamsala, o lugar onde se refugiou o Dalai Lama em sua fuga da China em 1959 e onde estabeleceu as instituições do governo tibetano no exílio. O chefe da representação tibetana em Nova Délhi, Tempa Tsering, autoridade que confirmou à Efe a morte do ativista, assegurou não poder indicar se haverá novas manifestações tibetanas contra a visita de Hu.
Nova Délhi estabeleceu um ferrenho dispositivo de segurança para evitar novos protestos, e Tsering contou que a Polícia isolou vários dos enclaves tibetanos na cidade.
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