quinta-feira, 29 de março de 2012

Morte de Isabella completa 4 anos; Nardoni recorre contra júri


Quatro anos após a morte da menina Isabella Nardoni, a defesa do casal condenado pela morte da criança recorre à instâncias judiciais superiores pedindo a anulação do júri por impossibilidade de defesa em virtude do alegado pré-julgamento midiático e pela proibição de tramissão televisiva do julgamento, além da adequação da pena considerada muito alta, segundo afirma o defensor dos Nardoni, Roberto Podval. O promotor que cuidou do caso, Francisco José Cembranelli, considera a estratégia "absurda".

No dia 29 de março de 2008, quem ligou para a polícia foi o morador do primeiro andar do edifício London relatando que uma criança havia caído pela janela do prédio. A morte da menina Isabella Nardoni se tornou um caso de grande comoção nacional. No dia 27 de março de 2010 o casal foi condenado pelo júri pela morte da criança. Alexandre Nardoni, o pai, recebeu pena de 31 anos em regime fechado, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, de 26 anos e oito meses. Além disso, os dois foram condenados a outros oito meses de prisão em regime semiaberto por fraude processual.

Na rua onde o crime aconteceu os moradores relatam que, ainda hoje, as pessoas passam gritando em frente ao prédio. "De vez em quando para um carro e alguém grita lá em frente", diz o funcionário público Luis Carlos Alves, 56 anos, que mora próximo ao edifício London. "Fica a tristeza pelo que aconteceu com a menina, abalou os moradores do prédio, abalou a todos, mas infelizmente a menina se foi", disse o morador, considerando que a Justiça foi feita, "só que o mais importante foi o que aconteceu com ela, o que ela sofreu", lamenta.

Os telefones dos pais de Alexandre Nardoni e da mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, já não são mais os mesmos. Na sua suposta página do Facebook dela, é possivel ver apenas uma foto com a filha em uma piscina.

Apesar do sentimento da população com o desfecho que o caso teve, o advogado de defesa diz que foram apresentados dois recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e um no Supremo Tribunal Federal (STF). No pedido de anulação de júri feito ao STF, a defesa argumenta que a proibição judicial de televisionar o julgamento prejudicou a defesa, porque a repercussão do caso na mídia teria gerado um pré-julgamento do casal.

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