segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Capital paulista registrou 90 mortes em latrocínios no ano; crime segue em alta

O número de mortes em crimes de latrocínio - roubo seguido de morte - subiu 22% no mês de julho em relação a junho na capital paulista, segundo estatística divulgada nesta segunda-feira pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Foram 11 vítimas que perderam a vida em assaltos na cidade durante o período. Com esses novos casos, São Paulo chega a 90 mortes no ano em casos de latrocínio, um crime que ainda preocupa a cúpula da Segurança Pública do Estado.

"Os latrocínios e roubos são o que mais nos preocupam porque eles estão relacionados diretamente com a sensação de segurança das pessoas. Algumas medidas exigem algum tempo para serem executadas. Ainda há muito por fazer", disse o secretário de Segurança Pública Fernando Grella Vieira.

Em comparação ao mesmo período do ano passado, a cidade registrou um aumento de 30% nos casos. Apesar da violência registrada em julho, os meses mais críticos em relação ao crime foram janeiro, fevereiro e maio: cada um com 15 vítimas.

Em alta contínua desde 2010, os casos de latrocínio no Estado de São Paulo têm chamado a atenção pelo grau de violência aplicada pelos criminosos durante os assaltos. Somente neste ano, dois dentistas foram queimados vivos dentro de seus consultórios - em São Bernardo do Campo e São José dos Campos -, e um garoto de cinco anos foi morto com um tiro na cabeça mesmo depois de o assalto ter sido concretizado na zona leste da capital paulista. Comerciantes, estudantes e pedestres também foram assassinados mesmo sem reagir aos assaltos.

Na série histórica disponibilizada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, iniciada em 1996, o pior momento foi o ano de 1999, em que foram contabilizados quase dois crimes de latrocínio por dia. Naquele ano, foram 670 registros. Até 2004 as estatísticas apontam apenas o número de crimes em que pessoas foram mortas e não o total de vítimas, que passa a fazer parte dos levantamentos somente a partir do ano seguinte.

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