O número de mortes em crimes de latrocínio - roubo
seguido de morte - subiu 22% no mês de julho em relação a junho na
capital paulista, segundo estatística divulgada nesta segunda-feira pela
Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Foram 11 vítimas
que perderam a vida em assaltos na cidade durante o período. Com esses
novos casos, São Paulo chega a 90 mortes no ano em casos de latrocínio,
um crime que ainda preocupa a cúpula da Segurança Pública do Estado.
"Os latrocínios e roubos são o que mais nos preocupam
porque eles estão relacionados diretamente com a sensação de segurança
das pessoas. Algumas medidas exigem algum tempo para serem executadas.
Ainda há muito por fazer", disse o secretário de Segurança Pública
Fernando Grella Vieira.
Em comparação ao mesmo período do ano passado, a cidade
registrou um aumento de 30% nos casos. Apesar da violência registrada em
julho, os meses mais críticos em relação ao crime foram janeiro,
fevereiro e maio: cada um com 15 vítimas.
Em alta contínua desde 2010, os casos de latrocínio no
Estado de São Paulo têm chamado a atenção pelo grau de violência
aplicada pelos criminosos durante os assaltos. Somente neste ano, dois
dentistas foram queimados vivos dentro de seus consultórios - em São
Bernardo do Campo e São José dos Campos -, e um garoto de cinco anos foi
morto com um tiro na cabeça mesmo depois de o assalto ter sido
concretizado na zona leste da capital paulista. Comerciantes, estudantes
e pedestres também foram assassinados mesmo sem reagir aos assaltos.
Na série histórica disponibilizada pela Secretaria de
Segurança Pública do Estado de São Paulo, iniciada em 1996, o pior
momento foi o ano de 1999, em que foram contabilizados quase dois crimes
de latrocínio por dia. Naquele ano, foram 670 registros. Até 2004 as
estatísticas apontam apenas o número de crimes em que pessoas foram
mortas e não o total de vítimas, que passa a fazer parte dos
levantamentos somente a partir do ano seguinte.
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