O Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) ajuizou uma ação civil
pública contra a Viabahia e a Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT) para que Justiça Federal conceda liminar obrigando a
concessionária a realizar obras e serviços na BR-324. A intervenção deve
ser realizada para tapar a cratera formada há mais de dois meses, no km
618 da rodovia (sentido Salvador - Feira de Santana), nas proximidades
do Porto Seco Pirajá.
Os procuradores da República Melina Castro
Montoya Flores, Marcos André Carneiro Silva e Claytton Ricardo de Jesus
Santos requereram a suspensão integral do pedágio na Praça 1,
localizada no km 597, até que sejam concluídas as obras de reparação das
pistas. Eles também requereram que a Justiça obrigue a concessionária a
apresentar um cronograma de execução das obras, cujo prazo não
ultrapasse 30 dias, a ser contado a partir da decisão liminar, sob pena
de multa diária de 50 mil reais por dia de atraso.
Na ação, o MPF aponta que a Viabahia não se mostrou diligente na fase
inicial do problema – quando do surgimento do grande buraco na BR - e
que não cumpriu o contrato de concessão quanto à obrigação de realizar
as obras e serviços nos prazos fixados pela ANTT. Segundo o MPF, no
contrato, firmado em setembro de 2009 com prazo de 25 anos, a
concessionária é obrigada a reparar os vícios, defeitos ou incorreções
nos prazos que foram fixados pela agência.
Em relação à ANTT, o
órgão argumenta que a agência não cumpriu como deveria seu papel de
agente fiscalizador, uma vez que não estabeleceu prazos para que a
concessionária reparasse os defeitos da via sob sua concessão, além de
não ter exigido um cronograma de execução das obras.
Transtornos
O
buraco, que começou com um afundamento das duas faixas da via marginal
que dá acesso ao Porto Seco Pirajá, transformou-se em uma cratera,
provocando a interdição do tráfego no sentido Salvador-Feira de Santana.
Conforme as apurações do MPF, somente após a cratera atingir
mais de 50% da via que liga Salvador à Feira de Santana, a Viabahia
adotou medidas para sanar o problema. Mesmo assim, os usuários da
rodovia tiveram de arcar com o ônus de seguir por rotas alternativas,
além do pagamento integral de duas praças de pedágio na BR-324, ao
seguir pela via Cia/Aeroporto.
O problema agravou-se mais ainda
ao se estender o trânsito para uma parte da via no sentido oposto (Feira
de Santana – Salvador), uma vez que a concessionária adotou como
solução a utilização dessa alternativa para escoar o trânsito dos
motoristas que saem da capital, argumenta o MPF.
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