segunda-feira, 26 de agosto de 2013

EUA dizem que só agirão na Síria junto com comunidade internacional

Os Estados Unidos só tomariam medidas sobre a Síria em conjunto com a comunidade internacional e dentro de um quadro de legalidade em resposta aos supostos ataques de armas químicas nos arredores de Damasco, disse o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, nesta segunda-feira.

Hagel, falando a repórteres durante viagem à Indonésia, recusou-se a discutir as opções militares dos EUA que estão sendo consideradas pela Casa Branca, ou a dizer se acha provável uma resposta militar. Um alto funcionário dos EUA disse que Hagel pretende conversar com seus colegas britânico e francês para discutir a situação na Síria.

O ministro alemão das Relações Exteriores Guido Westerwelle assinalou nesta segunda-feira que seu país aprovará uma eventual ação da comunidade internacional se for confirmado o uso das armas químicas na Síria.
"O uso de armas químicas de destruição em massa seria um crime contra a civilização. Se for confirmado esse uso, a comunidade internacional deve atuar. Neste caso, a Alemanha será parte dos que apoiam as consequências", declarou Westerwelle durante uma conferência anual de embaixadores alemãos em Berlim. "Nessa perspectiva, estamos em relação estreita com as Nações Unidas e nossos aliados", acrescentou, sem detalhar a índole dos cenários avaliados.

Enquanto isso, a China pediu nesta segunda-feira prudência para evitar a ingerência na Síria após o suposto ataque químico. "Só uma solução política pode resolver a crise síria", afirmou o ministro chinês das Relações Exteriores Wang Yi em um comunicado oficial. "Pequim apoia uma investigação para determinar a verdade o quanto antes possível", precisou. "A China prestou muita atenção aos relatórios sobre o uso de armas químicas na Síria. A China se opõe energicamente a qualquer uso de armas químicas". 

O Irã considerou nesta segunda-feira ser perigoso falar sobre a possibilidade de uma intervenção militar na Síria. "A região precisa de paz, falar de um ataque militar contra a Síria, e ainda sem a autorização do Conselho de Segurança (da ONU), é muito perigoso e pode criar tensões", declarou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Araqchi, citado pela agência de notícias ISNA.

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