Colegas do menino Marcelo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de matar os
país, a avó e a tia-avó na Brasilândia, na zona norte de São Paulo,
teriam dito à polícia que o garoto confessou a eles ter matado a
família. Segundo a TV Globo, dois colegas dele disseram à polícia que
minutos antes de a aula começar, no dia 5 de agosto, Marcelo teria
contado que matou a família.
Para um dos garotos, Marcelo teria
perguntado: “Se eu morrer, vocês vão sentir a minha falta?”. Os garotos
acharam que era brincadeira. A polícia quer ouvir mais colegas de escola
do garoto, para traçar um perfil dele.
Marcelo é o principal suspeito de ter matado a mãe, o pai, a avó e a tia-avó. Depois, ele teria se matado.
Marcelo
Pesseghini poderia estar num estado de “anormalidade mental” quando
supostamente matou a família na Brasilândia, na zona norte de São Paulo,
segundo o psiquiatra forense Guido Palomba. O psiquiatra foi convidado
pela polícia a analisar os depoimentos e a dar sua opinião sobre as
mortes da família de policiais militares. Palomba, no entanto, disse ao
Globo que ainda não teve acesso aos depoimentos já prestados à polícia.
Ele fará uma “perícia póstuma retrospectiva”, a partir do estudo das
oitivas e de informações sobre dados clínicos de Marcelo. Isso, no
entanto, só deve começar depois que a polícia terminar de ouvir
testemunhas e receber laudos do Instituto de Criminalística.
Porém,
pelo que leu na imprensa, Palomba já tem algumas suspeitas. "Eu já
parto do seguinte dado: há uma possibilidade muito grande de que ele
tenha tido um estado “anormal de consciência”, de doença mental, vamos
dizer. Pela forma como foi praticado o crime, pela frieza depois do
crime e pelo suicídio. Ninguém se suicida se não estiver num estado
anormal de consciência, porque é voltar-se contra si mesmo. A partir daí
é que tenho uma suspeita de insanidade mental. Vou, nos depoimentos,
garimpar dados que possam dar subsídios a essa minha ideia inicial de
que é possível uma anormalidade mental e ver que tipo de anormalidade
mental seria", explicou o psiquiatra.
Segundo Palomba, o “estado
de anormalidade mental” tem dois pilares: capacidade de entender aquilo
que está fazendo e capacidade de agir de acordo com seu entendimento. Ou
seja, razão e livre arbítrio.
"Os fatores que levam a pensar que
ele estava em estado de “anormalidade mental” são a frieza depois do
crime, de pegar o carro, ir até a escola, assistir a aula. Mas é preciso
ver se há outros elementos, é precoce falar ainda. A “anormalidade
mental” é uma doença. Não é estado reativo. E como doença, ela tem
muitos sintomas que não acontecem apenas no psiquismo. Tem sintomas
clínicos, físicos, sobre os quais ainda vou me debruçar", explicou
Palomba.
Mais de 30 pessoas já foram ouvidas pela polícia sobre o
caso. A polícia aguarda laudos da perícia sobre as mortes, que devem
ficar prontos na semana que vem. Os laudos devem ajudar a esclarecer a
sequência das mortes, se a família estava dopada e se havia resquícios
de pólvora na mão das vítimas.
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