O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal
abriu nesta terça-feira uma investigação para apurar as condições de
trabalho oferecidas aos médicos cubanos que vão trabalhar no Brasil.
Eles vão atuar em locais que não atraíram nenhum profissional do
programa Mais Médicos, do governo federal.
Segundo o MPF, o objetivo do inquérito civil é analisar
se as normas internas e internacionais de proteção aos direitos humanos
estão sendo cumpridas. Para embasar a investigação, o MPF pediu aos
ministérios da Saúde e da Educação e à Organização Pan-Americana da
Saúde (Opas) informações sobre o programa. O prazo para o envio é 15
dias, após a notificação.
De acordo com o Ministério da Saúde, 4 mil médicos
cubanos devem chegar ao país. Na primeira etapa do acordo, que começou
na segunda-feira, 400 profissionais desembarcaram no Brasil e mais 2 mil
são aguardados no dia 4 de outubro. Os profissionais não vão precisar
fazer o exame para revalidar o diploma de medicina.
O governo federal vai pagar uma bolsa de R$ 10 mil aos
profissionais cubanos. O valor será repassado ao governo de Cuba, com a
intermediação da Opas para posterior pagamento parcial do valor aos
médicos - o restante fica com a administração pública da ilha caribenha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário