sexta-feira, 29 de julho de 2011

'Não quero dar trabalho', diz Itabunense que guarda caixão na sala de casa


A preocupação com o futuro fez o mecânico Ronaldo Pereira Adorno, de 47 anos, famoso no bairro da Mangabinha, na cidade de Itabuna, no interior da Bahia. Há mais de 15 anos ele comprou o seu primeiro caixão. "Não quero dar trabalho para ninguém", justifica Ronaldo.

O mecânico conta que, a cada ano, troca a peça, que sempre deixa guardada na sala de casa. "As pessoas costumam trocar de carro no início de cada ano, eu troco de caixão", explica.

A preocupação, que pode parecer estranha para quem nem quer ouvir falar no tema morte, já foi incorporada pelos parentes e até mesmo pela companheira do mecânico. "Aqui na região todos o conhecem. É o jeito dele, que já se tornou natural", observa Samila Dias Souza, namorada de Ronaldo.

'Dida do Caixão', como Ronaldo ficou conhecido, já perdeu as contas de quantos caixões já teve. Ele diz que no início todos estranhavam sua decisão, mas que hoje as pessoas já acostumaram e até acham interessante. "As pessoas ficam curiosas, entram para ver, tiram foto", relata.

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