A escola que ele abandonou, o emprego na construção civil que lhe daria chance de, tijolo sobre tijolo, reerguer a vida. As companhias mal escolhidas, o destino traçado com linhas tortas. Tudo isso deve ter passado pela cabeça de Ueslei, 23 anos, quando ele encarou aquela arma apontada para sua cabeça na manhã de domingo. Mas era tarde demais.
Vários tiros depois, Ueslei Morais de Oliveira seria apenas mais um nome para a lista de mortos da polícia baiana. Seria, não fosse ele o milésimo morto este ano, de acordo com relatório nominal que a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disponibiliza na internet desde 17 de janeiro.
A coincidência faz com que a vida de Ueslei esteja nestas páginas e, assim, dê forma a tantas outras histórias de vida, com caminhos semelhantes e igual destino, que se perderam - e se perderão - no meio dessa relação.
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