Depois de quatro ônibus incendiados e dois depredados em diversos pontos do município de Porto Seguro, a 707 km de Salvador, a Polícia Militar informou que o policiamento foi reforçado na tarde desta quarta-feira (30). A polícia confirmou que três veículos da empresa Brasileira, responsável pelo transporte público, e um ônibus particular foram incendiados.
Segundo informações do site Radar 64, a onda de violência começou na manhã de hoje, e os bombeiros estavam com dificuldades para conter os incêndios simultâneos. De acordo com moradores, as ações têm relação com a morte de Edilson Pereira Viana, 33 anos.
Edilson e mais outras três pessoas foram presos sob suspeita de ajudar na fuga do detento que matou um policial militar, na noite do último sábado (26). Depois de prestar depoimento, ele deixou a delegacia e foi assassinado por dois homens em uma moto.
Pouco antes dos ônibus serem incendiados, moradores já tinham realizado um protesto em frente à delegacia, pedindo transparência nas investigações. Amigos e familiares dizem que Edimilson foi morto como "queima de arquivo".
Segundo moradores de Porto Seguro, o comércio, escolas e hotéis estão com as portas fechadas e as pessoas foram aconselhadas a não sair de suas casas, por uma questão de segurança.
Em comunicado, a PM classificou os incêndios como "atos de vandalismo e tumulto" e afirmou que a confusão "seria orquestrada por traficantes para desviar a atenção da polícia nas buscas pelo fugitivo do complexo policial, que matou o soldado PM, Luís Cláudio Dias dos Santos, 48 anos".
Unidades do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (Graer), da tropa especializada da CIPE/Cacaueira, CIPE/Mata Atlântica e da Companhia de Emprego Tático (Ceto) do CRPR-Sul/Itabuna foram deslocados para o município. O efetivo local conta com um reforço de 100 policiais militares das unidades especializadas, 30 civis e um helicóptero.
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