A estudante Verônica Verone, 18 anos, foi condenada a 15 anos de prisão pelo assassinato do amante, o empresário Fábio Gabriel Rodrigues. O crime ocorreu em maio em um motel em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A sentença foi anunciada na madrugada desta sexta-feira, no 3º Tribunal do Júri de Niterói, depois de cerca de 12 horas de julgamento.
Verônica foi julgada pelo crime de homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Segundo o inquérito, Fábio foi morto por asfixia mecânica, enforcado por um cinto.
Na quinta-feira, durante o interrogatório da mãe de Verônica, Elizabeth Verone de Paiva, o promotor André Farah fez uma pegunta que despertou a ira da jovem: "A senhora sabia que, apesar das notas baixas dela nas matérias em geral, sua filha tirava nota 9 em teatro?". Após isto, Verônica olhou para seu advogado Rodolfo Thompson e reclamou do tom utilizado pelo promotor.
Visivelmente irritada, a jovem que ficou conhecida como "loura do motel" começou a gritar: "Você está sendo irônico com minha mãe". Batendo a cadeira e repetindo a queixa aos gritos, ela precisou ser retirada do local onde o julgamento era realizado no Tribunal do Júri de Niterói e foi solicitado um intervalo para que ela se acalmasse. Durante seu depoimento, Elizabeth contou ao juiz que o pai da jovem, já falecido, sempre teve problemas mentais, passou por diversos períodos de internação por causa da esquizofrenia, era usuário de drogas e portador do vírus HIV.
A tese sustentada pela defesa de Verônica foi de que a jovem tem problemas mentais herdados do pai e pode ter cometido o crime durante uma crise. Seus advogados alegaram ainda que ela sofreu abusos sexuais na infância.
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